Os médicos que atuam no Hospital Pronto Socorro de Canoas (HPSC) estabeleceram um prazo de dez dias para que o interventor da instituição formalize uma proposta de regularização dos procedimentos eletivos realizados na instituição.
A decisão foi oficializada na quinta-feira (11/4), durante assembleia da categoria, que contou com a participação do Simers, representado pelo diretor Edilson Machado. Caso não seja apresentada nenhuma alternativa para garantir a regularização dos procedimentos, eles não serão mais executados no hospital.
Os procedimentos eletivos, também conhecidos como “de segundo tempo”, não estão entre as atribuições dos hospitais de pronto atendimento, como o HPS. Porém, com a falência do sistema de saúde do município, as instituições que deveriam realizá-los, como o Hospital Universitário, não dão conta da demanda.
Sem ter para onde encaminhar os pacientes para o prosseguimento dos tratamentos, os médicos não têm alternativa senão realizar os procedimentos de segundo tempo. Além de o HPS não contar com estrutura adequada para a complexidade que algumas destas intervenções exigem, os médicos enfrentam ainda a falta de estrutura básica, como a ausência de equipamentos e de roupas para cirurgia, por exemplo.
Além disso, desde março, a prefeitura de Canoas, que em dezembro nomeou um interventor para a gestão das unidades de saúde antes administradas pelo Gamp, interrompeu os pagamentos por estes atendimentos.
Caso não recebam proposta para a regularização dos procedimentos eletivos no HPS, os médicos aguardarão orientações da direção da entidade sobre para onde deverão ser encaminhados os pacientes.
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