Na fila de espera: equipes sobrecarregadas e população desassistida
Horas na fila de espera. Essa é a realidade do cidadão que busca atendimento nos hospitais e outras unidades de saúde – e não é por mero acaso. Com equipes formadas por um número insuficiente de profissionais, que precisam trabalhar...
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11/11/2016 21:00
Horas na fila de espera. Essa é a realidade do cidadão que busca atendimento nos hospitais e outras unidades de saúde – e não é por mero acaso. Com equipes formadas por um número insuficiente de profissionais, que precisam trabalhar sobrecarregados para atender a demanda, a qualidade e a rapidez do atendimento ficam comprometidas.
De quem é a culpa? O presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS), Paulo de Argollo Mendes, faz uma analogia com as filas de supermercado para explicar a lógica por trás do problema.
“Nós vamos para a fila do supermercado e vemos oito pessoas na nossa frente. Do lado, tem um caixa vazio, que ninguém está atendendo. Deviam estar contratando uma pessoa para atender naquele caixa vazio e diminuir essa fila. Mas não, eles embolsam o dinheiro que devia ser do atendimento e nos deixam esperando. Assim como os hospitais fazem os pacientes esperar durante horas”, salienta.
Mesmo com toda a dedicação dos profissionais da saúde, o reconhecimento não aparece na hora das negociações. Intransigente, o Sindicato de Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (Sindihospa) oferece uma proposta de reajuste salarial desrespeitosa, que não cobre nem ao menos a inflação. “Estão tirando o nosso sangue. Nós não vamos permitir que tirem, além disso, o nosso dinheiro”, defende Argollo.
Entenda a paralisação dos profissionais da saúde
Depois de meses de negociação e com todas as datas-bases já vencidas, os trabalhadores da saúde de hospitais ligados ao Sindihospa decidiram paralisar os serviços na quarta (9) e quinta-feira (10). Além das condições precárias de trabalho, o motivo é a oferta de reajuste salarial oferecida.
Enquanto o INPC foi de 9,91%, o valor oferecido é de apenas 5%. Vale ressaltar que não se trata de um aumento, mas de repor o que foi perdido com a inflação do ano. Passados os dois dias de paralisação, os trabalhadores aguardam o resultado de uma audiência de mediação. Ela ocorre na próxima sexta-feira (18), às 14h, na sede do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4), em Porto Alegre. Até lá, o estado de greve está mantido.
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