Os médicos que atuam na Santa Casa de Misericórdia de São Lourenço do Sul estão recebendo o mês de outubro de 2024. Também está sendo aberta a maternidade da instituição. A informação foi passada pelo prefeito da cidade, Zelmute Marten, ao presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Marcelo Matias, no início da manhã desta sexta-feira, 1º. É mais um avanço positivo da negociação entre a entidade médica e o chefe do Executivo, realizadas diretamente pelo presidente do Sindicato.
Em sua mensagem, observa Marcelo Matias, o prefeito disse que nesta sexta-feira está sendo pago os salários dos médicos de outubro de 2024 e que também está sendo reaberta a maternidade. “A conquista é da comunidade, funcionários e médicos da Santa Casa de Misericórdia. Nosso muito obrigado à Câmara de Vereadores e a todos que colaboraram para este êxito. Estamos estruturando um novo modelo de governança com foco no atendimento da saúde da nossa população”, finalizou o prefeito Marten!
*Entenda o caso*
Na segunda-feira, 28, a Prefeitura de São Lourenço do Sul decretou calamidade pública no setor hospitalar, devido à grave desassistência da Santa Casa de Misericórdia do município. O ato foi mais um capítulo da crise que o Simers vem denunciando há meses. A entidade, inclusive, foi citada nas considerações para a assinatura do decreto.
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No dia 18 de julho, o presidente Marcelo Matias esteve na cidade reunido com a categoria, a direção da instituição, representante da Câmara de Vereadores e com o prefeito Zelmute Marten. Foi nesse encontro com a entidade médica que o gestor da cidade entendeu a necessidade de intervenção no hospital. “Marten se comprometeu, nesse dia, em assumir a regularização dos pagamentos dos profissionais”, destacou Matias.
Em fevereiro deste ano, o Simers iniciou uma mobilização contra a situação inaceitável enfrentada pelos médicos da Santa Casa de São Lourenço. Naquela época já eram quatro meses de pagamento em atraso, além de ocorrerem rescisões sem a devida quitação. De lá para cá, o Sindicato seguiu enviando ofícios à Prefeitura, Câmara de Vereadores (onde houve audiências públicas), Conselho Médico do Rio Grande do Sul (Cremers) e a outros órgãos denunciando a situação.
Atendimentos eletivos
Já em março, os médicos decidiram, em assembleia convocada pelo Simers, suspender os atendimentos eletivos. Em seguida, devido à falta de pagamentos, 15 profissionais pediram rescisão. A Câmara de Vereadores, sensibilizada pelo movimento do Sindicato, autorizou a liberação de repasse emergencial de recursos à Santa Casa, como tentativa de frear o colapso total do hospital. O Devedômetro do Simers registra atraso de pagamentos desde outubro de 2024.
Em junho, após novo ofício da entidade, a Prefeitura decretou emergência em saúde. Dias depois, o Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus) enviou técnicos para analisar a situação da Santa Casa. O Simers, que vinha solicitando essa intervenção desde fevereiro, acompanhou o processo e reiterou a necessidade de transparência, prestação de contas da direção hospitalar e responsabilização pelas dívidas acumuladas. De acordo com a Prefeitura, o Denasus vai realizar nova auditoria em agosto.
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