O amor pela oftalmologia passou de pai para filhos
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O amor pela oftalmologia passou de pai para filhos

A paixão pela Medicina passou de geração para geração. Mais do que isso. A especialidade escolhida também foi a mesma. A oftalmologia conquistou os homens da família Lavinsky. Neto de europeus, Jacó, de 70 anos, nasceu na pequena cidade gaúcha...

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21/06/2017 14:57

Os oftalmologistas Daniel e Jacó Lavinsky. Foto: Camila Ferro
Os oftalmologistas Fabio, Daniel e Jacó Lavinsky. Foto: Camila Ferro
A paixão pela Medicina passou de geração para geração. Mais do que isso. A especialidade escolhida também foi a mesma. A oftalmologia conquistou os homens da família Lavinsky. Neto de europeus, Jacó, de 70 anos, nasceu na pequena cidade gaúcha de Quatro Irmãos, formou-se em Medicina e para preservar a tradição, seus filhos Daniel e Fábio trilharam o mesmo caminho. Mas apesar de haver uma influência inconsciente, Jacó acha que a escolha da profissão pelos filhos foi apenas “uma feliz coincidência”. Conta que a esposa, Fany Lavinsky, é ortoptista e co-fundadora da Clinica e a filha Débora optou pela psicologia. Aos 9 anos Jacó deixou a cidade natal para estudar no Instituto Educacional de Passo Fundo, onde residiu por longos anos. No entanto, foi em Santa Catarina, em 1971, que passou no vestibular para Medicina, na Universidade Federal. A trajetória teve sequência em Belo Horizonte, cidade com o maior Centro de Oftalmologia do Brasil da época e onde se habilitou para a residência e doutorado. “Escolhi a especialidade no quinto ano da faculdade. Fiz uma planilha com prós e contras de algumas especialidades e a que teve maior impacto foi a oftalmologia. A possibilidade de atuar clinicamente, cirurgicamente e em uma área que tem agregado muita tecnologia foram os fatores que mais pesaram na minha escolha”, ressalta. Para Jacó, a aposta por Belo Horizonte deu nova perspectiva à especialidade. “Durante o curso fiz trabalhos científicos e fui me entusiasmando pela área. A opção por BH fez toda a diferença na minha carreira, aliado a isso, os estágios feitos em diferentes países, ampliaram minhas habilidades”, conta. De volta ao Rio Grande Na década de 70, quando voltou para a Capital gaúcha, fundou a Clínica Lavinsky. Hoje a equipe é composta por 22 médicos na área da oftalmologia e 33 funcionários, com filiais no Mãe de Deus Center e no Shopping Paseo, na zona sul de Porto Alegre. “Temos unidade cirúrgica há mais de 30 anos e contamos com tecnologias de última geração em equipamentos, especial na área de catarata, glaucoma e retina”, explica Jacó. “Me sinto extremamente realizado em poder gerir a profissão e a família, duas coisas independentes, mas que se cruzam”. A trajetória dos filhos Haja motivos para admirar o pai. O filho mais novo, Daniel, de 37 anos, formado há 12 pela UFRGS, reconhece que a família teve influência importante na escolha da carreira. “Desde criança tenho contato com a profissão e acho que por isso nunca me vi fazendo outra coisa a não ser exercer a Medicina”, observa. Uma decisão, segundo ele, sem pressão alguma. “Fiz estágios em emergência médica, mas no fim da faculdade o amor pela oftalmologia falou mais alto”. Com o apoio do pai, a parceria não demorou e, como lembra, foi muito natural a transição de filho de médico para colega de médico. “Trabalhamos juntos em 2013, quando entrei como professor da UFRGS, e aqui na clínica convivemos diariamente”. Com foco acadêmico, Daniel tem artigos publicados em revistas internacionais. Fez especialização e doutorado na Escola Paulista de Medicina e Pós-Doutorado e pesquisa de ponta nos EUA com base no desenvolvimento de novos equipamentos e tratamentos para doenças da retina. “Meu currículo nos últimos cinco anos é basicamente focado no desenvolvimento de novo tratamento de Fotoestimulação com laser Pascal. Toda a linha de pesquisa é o tratamento com laser de maneira não lesiva”, salienta. O oftalmologista trabalha em parceria com a Universidade de Stanford e continua fazendo trabalhos científicos. Além disso, chefia o Setor de Retina do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e montou o Laboratório de Pesquisa em Retina do mesmo hospital equipando o local com a melhor tecnologia que existe na área. A trajetória de Fábio, 40 anos e 15 de profissão, não fugiu do script. “Quis fazer Medicina desde muito cedo. Quanto à oftalmologia, decidi durante a faculdade estagiar em outras áreas como a psiquiatria e a neurologia, mas acabei escolhendo a mesma profissão que meu pai. Hoje em dia, na minha área de atuação que é Imagem em Oftalmologia, estou colaborando com a neurologia em projetos de pesquisas”, destaca Fábio, que durante o curso de Medicina, lembra dos estágios em Hospital de Hadassa em Jerusalém e também da pós-graduação em Israel e residência na Universidade de Tel Aviv (Hospital Sheba Medical Center), entre outras qualificações. No momento esta realizando Pós Doutorado na Universidade de Nova York. Para o doutor Jacó, conviver com os filhos médicos é gratificante, porque é possível aprender com eles e também ensiná-los. “Sentimos que a Medicina é uma missão para nós. Procuramos trabalhar focados no interesse do paciente, utilizando a maior base ética que podemos identificar. Estruturamos uma área física, agregamos tecnologia para viabilizar tudo isso. Dentro desse contexto somos muito gratos de todos que se aproximaram de nós, conclui Lavinsky.
Tags: Oftalmologia Orgulho Médico

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