Osório: Hospital São Vicente de Paulo segue com problemas financeiros

A situação do atraso de pagamento aos médicos e demais funcionários do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), em Osório se arrasta. Por mais uma vez, o Simers, representado pelo diretor André Gonzales, esteve reunido com a administração do hospital para discutir essa questão, na tarde desta terça-feira (25). Em julho, o hospital reduziu o valor hora pago aos médicos, que aceitaram com objetivo de ajudar a tirar a instituição do sufoco financeiro, a partir da promessa de receberem em dia. Entretanto, isso não se concretizou. O hospital segue atrasando os compromissos com funcionários e prestadores. Os médicos do Centro Obstétrico, cirurgiões, pediatrias e anestesistas não recebem desde maio deste ano. Já os da emergência, além de receberem os honorários de maneira fracionada, estão com praticamente dois meses de salários em atraso. Durante o encontro, a administração do HSVP alega que para normalizar a situação depende dos repasses e incentivos do Estado, que atualmente chegam de forma parcelada ou atrasada. Por outro lado, a gestão do hospital também salientou que há recurso a caminho que será utilizado para a quitação da folha dos funcionários. E aos prestadores do Centro Obstétrico, que amargam o maior atraso, tentará pagar três competências. Para o diretor do Simers, André Gonzales o hospital ainda vive um drama, pois é referencia para muitos municípios da região. “Em Osório existe um panorama complicado para ser resolvido. Esses atrasos, além de gerar conflitos interno, pode acabar colocando em risco a saúde da população, pois o hospital é referencia para outras tantas cidades próximas. Portanto, o hospital não pode perder médicos por causa do não pagamento. Isso precisa de solução imediata”,  salienta Gonzales. O Simers segue acompanhando o caso e já está buscando agenda com a 18ª Coordenadoria Estadual de Saúde e com o Secretário da saúde de Osório, Emerson Magni da Silva. Referência para seis municípios O Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) é referencia para exatamente seis municípios da região. Entretanto, por conta de problemas financeiros está encontrando dificuldades para receber o número excessivo de demanda vinda de outras cidades e sem estrutura necessária para os pacientes mais graves. “Este hospital recebe pacientes graves, inclusive oncológicos, que necessitam de cirurgia, e a instituição não tem condição estrutural de assumi-los. Não há banco de sangue, nem UTI. Dessa forma se torna temerário realizar grandes cirurgias”, explica o diretor do Simers , André Gonzales.