O vice-presidente do Simers, Marcos Rovinski, publicou artigo no jornal Correio do Povo desta quarta-feira, 28. Acompanhe a seguir o texto na íntegra.
O termo “violência obstétrica” tem sido amplamente empregado nos últimos anos. Sob um viés ideológico perceptível, referem-se ao médico como um vilão que, propositadamente, causa dor física e emocional à paciente prestes a dar à luz. Em tempos de tantas discussões sobre fake news, está aí um caso flagrante de desinformação à sociedade.
O obstetra é habilitado para atuar com todo o conhecimento técnico e científico, graças à sua formação de especialista e a experiência na área. É a condução médica que assegura o bem-estar dos pacientes e a redução da mortalidade materna e infantil, além da melhor solução diante de complicações graves.
Por isso, proporcionar que a mulher gestante tenha condições dignas de atendimento passa obrigatoriamente pela defesa do ato médico. A presença do obstetra no parto não é uma escolha: é indispensável. Exatamente por isso, o parto seguro precisa estar acima da pauta político-partidária. É claro: casos pontuais envolvendo falhas devem ser investigados e punidos com rigor mediante comprovação, não havendo tolerância para qualquer conduta que fira a confiança entre médico e paciente.
A mulher precisa ter acesso a todos os recursos para sua integridade e de seu filho. Neste contexto, o parto vaginal é o esperado em condições ideais. Mas há casos em que a cesárea se apresenta como única alternativa, ou em que a episiotomia mostra-se crucial para que o nascimento ocorra no tempo certo, antes que grandes riscos se concretizem.
Para garantir o parto seguro, tramita na Assembleia Legislativa o Projeto de Lei 277/2019. Iniciativas semelhantes estão em análise nos legislativos municipais. A pandemia reforçou entre a população a necessidade de valorização da ciência. A duras penas, a humanidade vem evoluindo, extirpando doenças e ganhando qualidade de vida. Portanto, não é hora de retroceder. Precisamos dar todo o cuidado e segurança à vida, tanto da mãe como de seu filho. Humanização é justamente isso. O direito à vida deve sempre prevalecer.
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