Pelotas: médicos aprovam estado de greve e mobilização no dia 14
Em assembleia na noite desta segunda-feira, na sede do Sindicato Médico do RS (SIMERS) em Pelotas, os médicos municipários decidiram entrar em estado de greve, por tempo indeterminado, e promover uma mobilização da categoria no próximo dia 14 de abril....
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05/04/2016 10:23
Em assembleia na noite desta segunda-feira, na sede do Sindicato Médico do RS (SIMERS) em Pelotas, os médicos municipários decidiram entrar em estado de greve, por tempo indeterminado, e promover uma mobilização da categoria no próximo dia 14 de abril. Em estado de greve, os atendimentos nos postos de saúde e Pronto Socorro Municipal são mantidos, mas os profissionais continuam mobilizados e podem promover paralisações temporárias.
A decisão foi tomada após os profissionais terem pressionado, no último final de semana, os vereadores de Pelotas a derrubar projetos do Executivo que não contemplavam a categoria. Entre eles estava uma proposta de abono salarial para a categoria médica muito abaixo da remuneração médica do mercado. Outra proposta pretendia dar aumento para os médicos em contrato emergencial sem contemplar os profissionais da rede municipal.
De acordo com a vice-presidente do SIMERS, Maria Rita de Assis Brasil, o objetivo da mobilização dos médicos, além de lutar por melhores salários e condições de trabalho, é de que a Prefeitura rediscuta o papel da Medicina no município. “Essa mobilização mostrou a força da categoria aqui em Pelotas. O prefeito Eduardo Leite tem se mostrado insensível uma interlocução com os médicos que dão o atendimento básico à população”, afirmou.
Também participaram do encontro o diretor do SIMERS, Marcos Schenatto, e o delegado dos médicos municipários, Luiz Fernando de Barros.
Reivindicações da categoria
Desde o ano passado, o Sindicato vem realizando vistoria nos postos de saúde e locais de atendimento e comprovando o descaso e a precariedade dos estabelecimentos. Os médicos municipários querem a implementação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV), a normatização da redução a normatização da redução da carga horária da categoria para o máximo de 20 horas semanais, mantidas as atuais remunerações, e a inclusão de gratificação de função, baseada no maior percentual pago pelo município. No total, Pelotas conta com 90 profissionais ligados ao município.
No dia 1º de março, o SIMERS e os médicos encaminharam ofício à Prefeitura com as reivindicações e deu prazo de 10 dias úteis para o Executivo se manifestasse sobre a abertura das negociações. Como isto não ocorreu, a categoria continuou mobilizada e, por causa disso, entrou em contato com a Câmara Municipal.
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