Pelotas: médicos vão apresentar contraproposta ao Executivo

Em assembleia na noite desta quarta-feira (18), em Pelotas, os médicos municipários voltaram a reivindicar remuneração justa para a categoria. No encontro, ficou decidido que a categoria vai apresentar ao Poder Executivo, até a próxima semana, uma contraproposta de completivo salarial como uma alternativa aos valores oferecidos pelo prefeito Eduardo Leite em abril. O objetivo é assegurar que todos os médicos estatutários tenham uma remuneração mínima de R$ 6 mil mensais. Desde o início das mobilizações, em 2015, o prefeito recebeu a categoria apenas uma vez, há cerca de 30 dias, quando uma série de reivindicações foi apresentada aos gestores públicos. Apesar da tentativa de estabelecer o diálogo, não houve disposição da prefeitura de garantir melhores condições de trabalho na rede básica do município ou a adequação salarial dos servidores. Dessa forma, os médicos decidiram manter o estado de greve até que sejam atendidas as reivindicações. Entre elas, está a criação de um Plano de Carreira, Cargos e Vencimentos (PCCV). "Os médicos estatutários estão com condições de trabalho e remuneração extremamente precárias. Chegamos no limiar de tolerância para continuar exercendo a atividade médica no âmbito da Prefeitura de Pelotas. Em um mês, 25 colegas se exoneraram. Queremos a concessão imediata do completivo salarial e a instalação da mesa de negociação para repactuar o trabalho médico e implantação do PCCV", afirmou o diretor do Sindicato Médico do RS (SIMERS) na região, Marcos Schenatto. Na assembleia também foram escolhidos os novos representantes da categoria para o Conselho Municipal de Saúde.