Pelotas: SIMERS entrega à Câmara e ao prefeito proposta para garantir completivo aos médicos municipários

Dirigentes do SIMERS estiveram reunidos na manhã desta quarta-feira, 7, com o prefeito de Pelotas, Eduardo Leite (PSDB), e o presidente da Câmara Municipal de Pelotas, Ademar Ornel (DEM). No encontro, o Sindicato apresentou uma proposta de inclusão no orçamento 2017 de um completivo salarial para os médicos municipários estatutários. Os termos do completivo estão alinhados com a proposta entregue pelo próprio Executivo em abril ao Legislativo.

Em apoio à solicitação, Eduardo Leite afirmou à diretora do SIMERS, Gisele Lobato, que irá transferir à sua sucessora no Paço Municipal, a prefeita eleita Paula Mascarenhas (PSDB), o compromisso de garantir aos médicos a complementação dos vencimentos dentro dos ajustes que serão feitos no orçamento nos primeiros dias do próximo ano. Já o vereador Ademar Ornel afirmou que o Legislativo é solidário ao pleito da categoria médica e apoiará qualquer proposição no sentido de garantir uma melhor remuneração para os médicos. Mais cedo, o SIMERS já havia protocolado ao presidente da Câmara uma proposta de emenda à Lei Orçamentária Anual (LOA) requerendo o completivo de rendimentos negociado com o Executivo. O Sindicato deverá seguir vigilante para o cumprimento das promessas feitas pelo Executivo durante este ano. O SIMERS ainda pretende entregar à nova gestão municipal um projeto de lei que garanta a complementação dos vencimentos a partir de 2017.

O Diretor do SIMERS, Marcos Schenatto, vê com otimismo o diálogo, mas com preocupação a demora na resolução do impasse com os médicos. "O encontro de hoje foi positivo, mas precisamos do completivo já, para remunerar bem a quem cuida da saúde dos pelotenses há tantos anos", declarou. A diretora Gisele Lobato, que esteve na cidade representando a presidência do SIMERS, defendeu que "a proposta ajudará a melhorar a qualidade da saúde pública de Pelotas" e disse que espera uma resposta positiva da futura prefeita.

Entenda o Caso:

- Em abril, os médicos municipários estatutários realizaram mobilizações por uma remuneração justa e condições dignas de trabalho; - Na tentativa de desestimular as reivindicações, a prefeitura enviou para votação da Câmara uma complementação salarial, porém, sem majorar os valores já praticados e, por isso, foi rejeitada; - Em julho, o Executivo ofereceu uma nova interpretação da mesma proposta, aumentando sensivelmente os valores. Embora aceita pela categoria médica, não foi votada na Câmara de Vereadores por estar fora dos prazos da Lei Eleitoral e da Lei de Responsabilidade Fiscal. - Entendendo que Executivo e Legislativo são favoráveis à proposta de complementação de vencimentos aos médicos e que outras categorias, a exemplo dos engenheiros, receberam este benefício no mesmo período de tramitação, o SIMERS buscou registrar os pedidos de apreciação com urgência.