Na tarde da última quinta-feira (20), o presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Marcos Rovinski, esteve reunido com o diretor-presidente do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), Gilberto Barrichelo, debatendo temas como a escolha de um profissional não médico para a Gerência de Internação do Hospital Cristo Redentor (HCR) e a precarização dos contratos médicos com a terceirização na saúde.
Rovinski garantiu aos representantes do GHC que o Simers está aberto ao diálogo, para impedir a precarização do atendimento em saúde nos hospitais do grupo. “Os médicos querem trabalhar, mas precisam das mesmas condições contratuais dos outros profissionais da saúde que trabalham para o grupo. Somos a favor de contratos estáveis com garantias aos médicos”, destaca.
Presente na reunião, o diretor de Porto Alegre do Simers, Vinicius Mello, defende que se não existem vagas celetistas abertas na instituição, que seja realizado concurso público. “A terceirização na saúde pública representa um grave perigo para a saúde dos gaúchos. A justificativa é sempre que o médico não preenche as vagas ofertadas via edital e por isso a pejotização, mas isso não é verdade. Faltam condições adequadas, salário adequado e um plano de carreira. Queremos apenas os mesmos direitos trabalhistas de enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros profissionais”, revela.
Outro assunto pautado na reunião foi a escolha do GHC para o cargo de gerente de Internação. Conforme Rovinski, somente os médicos possuem as prerrogativas técnicas para os atos médicos e definir prioridades em casos de internação . “Chegaram até nosso conhecimento relatos que a decisão dos gestores do grupo vem gerando desconforto e dificuldades na assistência em saúde dos pacientes. Muitos procedimentos eletivos têm se tornado frequentes e prioritários, postergando a realização de procedimentos de urgência e trauma”, enfatiza.
Mello, enfatiza que cada profissional deve atuar em cargos de gerência voltados para sua área de atuação. “Não somos contra as outras categorias da saúde, apenas acreditamos que médicos precisam ser liderados por médicos, e o contexto geral é que os médicos estão cada menos valorizados”, destaca.
Participaram da atividade o presidente do Simers, Marcos Rovinski, o diretor-presidente do GHC, Gilberto Barrichelo, o diretor de Porto Alegre do Simers, Vinicius Mello, e o diretor de Atenção e Saúde do GHC, Luiz Antonio Benvegnu.
O Simers utiliza cookies e tecnologias semelhantes, como explicado em nossa Política de Privacidade, para melhorar a experiência de usuário. Ao navegar por nosso conteúdo, o usuário aceita tais condições.