O presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) Marcelo Matias e o vice-presidente Felipe Vasconcelos reuniram-se com o novo secretário de saúde de Canoas Eduardo Bermudez, com a finalidade de se encontrar alternativas sólidas para mitigar os danos causados pelos crônicos atrasos dos honorários dos médicos da instituição de saúde.
No encontro,ocorrido na sede da pasta municipal, tentou-se viabilizar caminhos, e se expôs as dificuldades enfrentadas pelos profissionais, que receberam uma fração dos honorários de outubro de 2024, acumulando quase três meses de inadimplência com o corpo clínico do Hospital Universitário (HU).
Marcelo e Felipe citaram os problemas enfrentados e o presidente do Simers,após sinalização de uma possível proposta, disse: "represento uma categoria. Estamos aqui para defender o médico que trabalha no HU e em qualquer canto do Rio Grande do Sul. Essa chaga [atrasos e caos do sistema de saude canoense] estão tatuados na imagem de Canoas. É muito difícil aceitar uma proposta que não amenize as dificuldades que os colegas enfrentam. Quem trabalha deve receber", explicou Matias.
Já o vice-presidente afirmou no encontro que também um dos problemas no HU são a falta de OPME (Órteses, Próteses e Materiais Especiais). "É muito difícil pedir para o médico trabalhar sem que existam condições mínimas de realizar seu trabalho e a prestação de uma assistência adequada à população", disse Felipe.
Ao fim da reunião, Eduardo Bermudez se comprometeu em encaminhar a proposta,o que se concretizou. Conforme o apresentado pelo município, o montante disponível seria suficiente para cobrir,apenas, 60% dos honorários em abertos referentes ao mês de outubro, ficando em aberto 40% do referido mês,além da totalidade dos meses de novembro e dezembro de 2024.
Diante de tal cenário, o Simers convocou uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para a noite desta quinta-feira,16, onde será avaliada tal condição da Prefeitura. A interrupção dos serviços segue programada para a partir de sexta-feira,17.
O Simers também oficiou o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers), a fim de pedir a aprovação da eticidade do movimento de suspensão das atividades.
O Simers utiliza cookies e tecnologias semelhantes, como explicado em nossa Política de Privacidade, para melhorar a experiência de usuário. Ao navegar por nosso conteúdo, o usuário aceita tais condições.