Reestruturação da carreira de médico do Estado está provocando achatamento salarial progressivo com perdas aos profissionais

A Reforma Administrativa do Governo estadual, que resultou na reestruturação das carreiras do funcionalismo público e criou a carreira de médico do Estado, em agosto de 2024, chegou a ser comemorada e considerada como grande conquista pela categoria, mas hoje vem registrando perdas salariais aos servidores da ativa e aposentados. Médicos Associados do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) procuraram a entidade com muitas dúvidas e informando possíveis  prejuízos em seus contracheques.

“Pelo levantamento que fizemos, a partir das muitas dúvidas dos servidores e das respostas obtidas do Governo do Estado, muitos médicos tiveram ou terão algum prejuízo com a reestruturação de carreiras”, observa a diretora do Sindicato, Ana Coronel. “Não houve esse entendimento durante as negociações, pois a gestão anterior havia entendido como uma “vitória” a aprovação do projeto. Hoje, vemos que haverá achatamento salarial progressivo e que muitos servidores já estão tendo perdas”, enfatiza a dirigente.

De acordo com Ana Coronel, se houver eventual aumento do subsídio, a parcela de irredutibilidade reduzirá, não havendo ganho real. “Estamos levantando todos os possíveis prejuízos à categoria para tentar reverter alguns pontos e deveremos encaminhar este estudo ao governador para que as distorções sejam corrigidas”, disse.

Na última semana o presidente do Simers, Marcelo Matias, esteve reunido no Palácio Piratini com o governador, Eduardo Leite, e a secretária estadual de Saúde, Arita Beregmann, tratando desta pauta. Matias relatou as perdas que vêm ocorrendo e a possibilidade deste quadro ser agravado no futuro. O chefe do Executivo gaúcho pediu que fossem enviados a ele os casos que resultaram em redução de salários, acompanhado dos contracheques. Prometeu que o material será repassado a sua equipe que os analisará e responderá todas as dúvidas e questões formuladas.