Simers em Alvorada: Prefeitura e Sindicato avaliam escala de plantão para médicos do SAMU

O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), a Procuradoria Geral do Município (PGM) de Alvorada e a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) avançaram nas tratativas para mudança na escala de plantão dos médicos do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu). O objetivo do Simers, que esteve representado pela diretora Cristiane Ribas do Nascimento em reunião com os gestores, na sexta-feira, 07, é negociar o pleito apresentado pelos plantonistas, que, atualmente, cumprem escala de 12 horas trabalhadas por 60 de folga.

Esse modelo de escala, de acordo com a Assessoria Jurídica do Sindicato, já existe em outros lugares e melhora a condição de trabalho dos médicos, uma vez que reduz o número de deslocamentos. “Nosso interesse é trabalharmos junto com o município para atender esse pedido dos médicos”, explicou Cristiane à procuradora e ao secretário. A procuradora do município, Kely Eliane da Silva Darde, disse que tecnicamente não vê interferência, mas que é necessário fazer uma análise das questões jurídicas envolvidas. “Se não há problema técnico, a PGM vai trabalhar para construir segurança jurídica que não crie demandas judiciais ao município depois”, adiantou.

O secretário da Saúde, Jacson Renato da Costa da Silva, corroborou com a posição do Sindicato e complementou para a procuradora que o plantão de 24 horas não é incomum, nem tão exaustivo e é viável. “Não vejo impeditivo, desde que não haja empecilho jurídico. Sabemos que é usual, que é melhor para os médicos e a não aceitação deste modelo pode significar dificuldade em conseguir profissionais para trabalharem em Alvorada. Mas precisamos organizar a viabilidade jurídica disso, porque não temos mais espaço para ações judiciais contra o município”, advertiu.

Ao fim da reunião, ficou acertado que o Simers colocará seu Jurídico à disposição para informações sobre outros locais em que o modelo funciona, a fim de que a solução para os médicos do Samu de Alvorada seja encaminhada. A diretora Cristiane Ribas do Nascimento considerou o encontro um passo importante nessa direção, pois encontrou boa vontade dos agentes envolvidos. “Eles estão abertos a negociar e fazer a carga horária solicitada pelos médicos e a gente entende essa necessidade de avaliar legalmente a situação, para evitar prejuízos”, afirmou.

De acordo com a diretora do Simers, como os médicos são celetistas, será necessário avaliar a lei que regula a contratação dos profissionais, que é o que a Procuradoria do Município vai fazer. “O importante é que eles estão dispostos a aceitar. Até sabendo da dificuldade que é de vir mais vezes e ficar menos tempo, que existem plantões assim em outros lugares, então acredito que o resultado da reunião tenha sido muito produtivo”, finalizou.