Hoje, celebramos o nascimento da primeira médica formada no Brasil, a gaúcha Rita Lobato. O pioneirismo dela é comemorado e dá nome a uma das salas do Museu da História da Medicina (MUHM)
A primeira médica formada em território brasileiro é a gaúcha Rita Lobato Velho Lopes, nascida em 9 de junho de 1866, em Rio Grande, Rio Grande do Sul. Filha de um médico e neta de um pioneiro na colonização da região, desde cedo demonstrou interesse pela medicina. Em 1887, formou-se pela Faculdade de Medicina da Bahia, tornando-se a primeira mulher a obter um diploma de medicina no Brasil. Além de sua carreira médica, Rita foi uma importante ativista pelos direitos das mulheres, defendendo o sufrágio feminino e a educação igualitária. Após sua formatura, trabalhou em São Paulo e no Rio Grande do Sul, onde contribuiu significativamente para a saúde pública. Rita enfrentou desafios consideráveis, incluindo preconceito e resistência dentro da profissão, mas sua perseverança abriu caminho para futuras gerações de médicas no Brasil.
Logo depois dela, outras gaúchas também puderam recitar o juramento de Hipócrates. Ermelinda Lopes Vasconcelos: Nascida em 1866 em Porto Alegre, formou-se em 1888, tornando-se uma das primeiras médicas do país. Antonieta de Barros: Nascida em 1869 em Pelotas, concluiu sua formação em 1889, sendo outra figura marcante na medicina brasileira.
Diversas esposições em homenagem a elas e a esses primeiros tempos da Medicina no Brasil e no estado já foram montadas no Museu da História da Medicina (MUHM).
Presença feminina na Medicina
A Demografia Médica no Brasil 2023, relatório produzido pela Associação Médica Brasileira (AMB) e a Faculdade de Medicina da USP, revela que, já neste ano, as mulheres serão maioria na Medicina. A expectativa é de que estejam formadas 299.749 mulheres, superando o número de homens formados, que será de 297.678.
Essa mudança reflete uma transformação na profissão, promovendo diversidade e novas perspectivas.
O Simers, fundado em 1931, sempre enalteceu o legado de médicos e médicas para o exercício profissional digno e preserva o espírito pioneiro dos homens e mulheres que trilharam o caminho para a Medicina de hoje. O futuro da Medicina está na Valorização dos Médicos.
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