Falta de médicos reguladores, dificuldade para preencher as escalas e profissionais convivendo com a pressão diariamente. Esses problemas foram relatados por médicos da Central de Regulação do Samu Estadual, em reunião na sede do Simers na noite desta quarta-feira (06).
Atualmente, 26 reguladores fazem parte do quadro da Central. O número representa menos da metade do ideal, conforme a portaria 1.010/2012, para atender cerca de 7 milhões de gaúchos – em torno de 70% da população do Rio Grande do Sul. Segundo a mesma portaria, a autarquia deveria ter 12 reguladores por plantão. Porém, há relatos de médicos trabalhando sozinhos nos plantões.
Médicos exonerados
Grande parte dos quase 40 profissionais que entraram no concurso de caráter emergencial, elaborado pelo Estado no final do ano passado, pediu exoneração por falta de condições de trabalho.
Para o presidente do Simers, Marcelo Matias, o governo precisa cumprir o que estabeleceu. “Vamos exigir que o governo cumpra a portaria que ele mesmo criou. Isso reflete no atendimento para a população. Vamos lutar para restabelecer as condições de trabalho desses profissionais”, afirma Matias.
Vaga zero
Durante o encontro, também foram relatados os constantes pedidos de vaga zero – que expõem os reguladores – e a procura de leitos. O Simers ressalta que essas atividades são responsabilidade da gestão, conforme as normas do Samu.
“Parece um jogo de empurra da gestão e sobra para quem está atendendo a população. E tudo isso é culpa, também, da estrutura do Estado que é deficitária, pois não há vaga para todos que necessitam”, salienta o diretor do Simers Marcos Rovinski.
O Simers vai se reunir em breve com a gestão do Samu para discutir as questões discutidas na reunião.
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