Santa Casa de Uruguaiana pode ficar sem médicos a partir de 1º de agosto
Os médicos que atuam na Santa Casa de Uruguaiana podem deixar a instituição após o dia 31 de julho. Esse é o prazo máximo que os profissionais aguardarão para que a instituição efetue o pagamento das remunerações em atraso. Os...
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05/07/2018 09:29
Os médicos que atuam na Santa Casa de Uruguaiana podem deixar a instituição após o dia 31 de julho. Esse é o prazo máximo que os profissionais aguardarão para que a instituição efetue o pagamento das remunerações em atraso. Os salários não são pagos desde dezembro de 2017 e os médicos consideram a situação insustentável. Na data estipulada, os médicos podem rescindir seus contratos com a instituição, deixando desassistidos pacientes de Uruguaiana e de municípios próximos. “Estamos sendo parceiros do hospital, pois estamos trabalhando sem receber há seis meses. Estamos no limite da paciência”, afirmou o delegado regional do Simers em Uruguaiana, Oscar Blanco.
No final de junho, a direção da Santa Casa apresentou um plano de sustentabilidade para manter a instituição em funcionamento. Na ocasião, o provedor Eduardo Velo ressaltou que a instituição havia obtido um empréstimo no valor de R$ 44 milhões, que foi utilizado para o pagamento do salário de funcionários, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), encargos sociais, fornecedores e outras despesas. No entanto, outro empréstimo não foi obtido e os médicos continuam sem receber.
Diante do impasse, os médicos estipularam a data de 31 de julho como prazo para que a administração coloque em dia os pagamentos. No início de maio, em assembleia, os médicos decidiram aguardar até o final de junho para que a situação fosse resolvida, pois havia a possibilidade de que a Santa Casa obtivesse esse outro empréstimo bancário, o que não ocorreu.
Entenda o caso
Na reunião ocorrida em maio, o administrador da instituição de saúde, Fernando Siqueira, apresentou à categoria a situação financeira do hospital. Os mais de 40 médicos que atuam na Santa Casa são responsáveis por 25% da folha de pagamento e, na ocasião, não descartam tomar medidas judiciais para garantir o pagamento dos valores em atraso. Siqueira ressaltou que o déficit mensal da instituição gira em torno de R$ 1 milhão, sendo R$ 600 mil de custos operacionais.
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