(Foto: Ederson Nunes/CMPA)
Saúde: é preciso evitar a falência de órgãos
MARCOS ROVINSKI - Presidente do Simers
A experiência que tivemos na pandemia deixou marcas sob todos os aspectos. Mudamos rotas, readequamos projetos, amadurecemos, antecipamos ou adiamos planos. E as marcas deixadas na grande luta contra o coronavírus mostram que há muito o que ser feito em prol da saúde, dos médicos, dos profissionais e das estruturas afins.
Naquele momento, nos dedicamos a atender os médicos para que eles pudessem cuidar da saúde da população. Testemunhamos a dedicação desses profissionais para preservar vidas. O apoio recebido da sociedade durante a batalha contra a covid-19 foi preponderante. Certamente, a pandemia foi um marco para evidenciar e reconhecer a importância da categoria e do Sistema Único de Saúde (SUS).
Passado o momento crítico, é hora de pensar sobre as necessidades da saúde brasileira e, em especial, sobre o futuro do SUS. Temos um sistema de saúde idealizado para ser único, exemplar e inclusivo, que busca a equidade no atendimento a todos os brasileiros. No entanto, esse sistema, tão relevante durante a pandemia, também expôs graves falhas que precisam ser corrigidas. Mesmo com inovações e avanços tecnológicos, lamentavelmente, em muitos locais, ainda falta infraestrutura mínima para o atendimento aos pacientes em tempos normais.
Com base no inadiável movimento por mudanças em benefício da saúde e por condições adequadas para o trabalho médico, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) realizou, no mês de agosto, o Fórum PróDesenvolvimento da Saúde. Nele, ocorreram profundos debates sobre o futuro do SUS, a carreira médica, as formas de contratação dos profissionais, a tecnologia como aliada da medicina, entre outros temas. Finalizamos o fórum reunindo os candidatos ao governo do Estado, porque entendemos serem fundamentais os compromissos com a saúde, independente da visão ideológica dos concorrentes.
Estamos mais próximos do fim do ano e, infelizmente, aumenta a prevalência de más notícias sobre a saúde. As ameaças e fechamentos dos centros obstétricos, sucateamento das Santas Casas e hospitais filantrópicos, dívidas recorrentes aos médicos e a falta de investimentos na saúde são fatores que reverberam o movimento por ações urgentes em favor de um futuro melhor para o Sistema de Saúde, como forma de evitar a falência de órgãos e preservar vidas.
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