O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) alerta para a importância de realização de exames periódicos dos olhos para tratar possíveis problemas de visão, de forma preventiva, e assim evitar doenças graves, que podem ser irreversíveis e levar, inclusive a cegueira. Conforme o oftalmologista Marcos Brusntein, a saúde ocular vai muito além de ver bem. De acordo ele, mais de três mil doenças que podem afetar os olhos já foram identificadas e existem cerca de 6 milhões de deficientes visuais no Brasil e um milhão de cegos.
O profissional, que é presidente da Sociedade de Oftalmologia do Rio Grande do Sul, evidencia ainda que cerca de 80% destas deficiências poderiam ser evitadas com prevenção. Neste particular, ele destaca o Glaucoma que afeta 5% das pessoas acima de 40 anos, é a principal causa de cegueira irreversível, porém evitável, no mundo. “Por isso é fundamental avaliações periódicas com o médico oftalmologista”, enfatizou.
Esta prevenção, aconselha, deve iniciar na primeira infância, quando algumas doenças oculares congênitas já podem estar presentes. Exames periódicos, mesmo na ausência de sintomas, devem ser feitos, uma vez que grande número de doenças oculares graves são silenciosas e só trarão déficit visual nas suas fases mais avançadas, quando o dano poderá ser irreversível, advertiu.
Ele explica que algumas doenças sistêmicas aumentam em muito o risco de problemas oculares como diabetes, doenças reumáticas, vasculares, neurológicas, cardiológicas. E alerta para “exames visuais” ofertados por ópticas e executados por NÃO médicos, cuja formação é insuficiente, o que é ilegal e que tem seu foco na venda e não na saúde. O Núcleo do Exercício Ilegal da Medicina do Simers tem atuado neste particular e oferecido denúncia às autoridades competentes.
Em Pelotas, o médico Roni Quevedo, coordenador da UCPEL Mais Saudável, realiza o Projeto “VI-VENDO”, Teste de Acuidade Visual para escolares de cinco a 14 anos. A iniciativa consiste em realizar aplicar o Teste de Snellen e orientar para consultas nos Ambulatórios da UCPel onde haja atendimento de crianças nesta faixa etária, nas UBS sob Administração da UCPel e Clínica Psicológica. O teste da “Escala de Snellen'' (optótipos em E) contempla sua utilização em crianças ainda não alfabetizadas tendo em vista suas características em utilizar a letra “E” em diferentes posições o que possibilita ao entrevistador combinar com a criança uma representação para a letra E.
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