Simers apresenta demandas à Fundação de Saúde de São Leopoldo
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Simers apresenta demandas à Fundação de Saúde de São Leopoldo

Encontro abordou o acordo coletivo de trabalho, questões do SAMU e das UBSs

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17/03/2025 19:24

O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) levou à Fundação Municipal de Saúde (FMS) de São Leopoldo uma série de demandas apresentadas pela categoria no município. A diretora Débora do Espírito Santo foi recebida pela diretora-pr)esidente da Fundação, Ariana Vigannico da Silva, e pela diretora da Atenção à Saúde, Cristiane Thaís G. Lamberty. Durante o encontro, nesta segunda-feira, 17, foram discutidos o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU), o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e algumas questões estruturais das Unidades Básicas de Saúde (UBSs).

Débora do Espírito Santo pontuou que está chegando o momento de começar a trabalhar os termos do Acordo Coletivo da entidade com os médicos, com data-base em abril e vigência a partir de maio. Como a Fundação é nova, esta é a primeira negociação que será aberta. “Temos algumas demandas que podem ser inseridas no ACT, como o pedido dos médicos do SAMU para que os plantões sejam alterados de 12 para 24 horas. Colocar esses assuntos no Acordo pode dar segurança jurídica para o atendimento ao pleito”, ponderou. A presidente da FMS, Ariana Vigannico da Silva, informou que o objetivo é fazer um ACT único para todas as categorias, mas que a entidade está aberta para incluir cláusulas específicas que atendam às necessidades e características de trabalho de cada grupo de profissionais.

Ainda em relação ao SAMU, o Simers questionou sobre os uniformes e outros equipamentos de proteção individual (EPIs) para os médicos. Conforme a dirigente da Fundação, os materiais estão sendo adquiridos ou já em processo de confecção, e a expectativa é de que em até 45 dias sejam entregues. Ariana admitiu que houve alguns problemas eventuais de fornecimento, mas o assunto já está sendo tratado com a Secretaria Municipal da Saúde, gestora do almoxarifado que atende as unidades. Explicou que há um acerto com a pasta para permitir que insumos básicos possam ser comprados pela Fundação, que tem condições legais de fazer isso com mais agilidade.

O Simers apontou ainda a existência de problemas estruturais nas UBSs e a presidente da Fundação informou que estão sendo feitos ajustes. Ariana relatou que, das 11 unidades que são de responsabilidade da FMS, seis foram atingidas pela enchente e ainda estão em processo de recuperação, recebendo mobiliário e melhorias. Sobre a falta de equipamentos de ar-condicionado, explicou que que estão instalando 75 aparelhos, recebidos em meados de fevereiro. “Demorou um pouco mais exatamente pela altíssima demanda do período”, afirmou. Segundo ela, unidades como Vicentina, Brás e Padre Orestes começaram receber os equipamentos, mas ainda não há uma previsão de quando o serviço será concluído.

A diretora do Simers encaminhou outras questões na área de recursos humanos, que serão respondidas posteriormente. Além disso, uma demanda bastante importante levada pelo Sindicato é a da proibição dos médicos das unidades básicas de solicitar exames de média e alta complexidade. Débora ponderou que se trata de um empecilho à autonomia médica e traz reflexos danosos à saúde dos pacientes, que precisam aguardar na fila dos atendimentos especializados. “Entendemos que a gestão pode estar buscando um controle mais eficaz dos exames solicitados, mas uma auditoria seria suficiente e traria agilidade nos diagnósticos e nos tratamentos, sem comprometer a saúde do paciente”, advertiu. A presidente da Fundação explicou que esse assunto é uma definição da Secretaria Municipal da Saúde e que a entidade não tem ingerência. O Simers irá buscar uma agenda com a pasta para tratar do tema.

Débora Espírito Santo avaliou o encontro: “Trouxemos todas as demandas que coletamos junto aos médicos, e saímos daqui com uma impressão muito positiva, que demonstra uma vontade da direção de convergir na busca pelas soluções dos problemas apresentados”, concluiu.

Tags: Médicos acordo coletivo de trabalho São Leopoldo

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