Em reunião no Ministério Público de Viamão, nesta
terça-feira (05), os diretores do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS), André Gonzales e Willian Adami, acompanhados da assessoria jurídica da entidade médica, apresentaram documentos que comprovam o grave quadro do Hospital Viamão. A instituição, que passa por uma situação crítica, é referência em traumatologia, oftalmologia, neurologia, neurocirurgia e cirurgia geral. O hospital também é importante em outras áreas para municípios da região Metropolitana como Alvorada, Cachoeirinha e Glorinha, além de atender a população viamonense. Os médicos estão trabalhando em condições insalubres, faltam muitos medicamentos, leitos e materiais básicos como, por exemplo, luvas, seringas, papel toalha, fraldas, sondas e até lençóis.
Outra preocupação levada pelo SIMERS foi o fato de que os médicos emergencistas não estão recebendo as remunerações desde fevereiro, apesar dos repasses estaduais que contabilizam R$ 4 milhões, em maio e junho, conforme o Portal da Transparência. Por conta desses atrasos de salários, não há médicos para preenchimento integral da escala e o hospital não consegue mais contratações devido a esse histórico.
Esse cenário caótico do hospital acaba afetando diretamente a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Viamão, que mantém o hospital como referência. Atualmente, a UPA também se encontra superlotada, por conta da falta de condições do hospital para receber os pacientes.
A promotora Karina Bussmann averiguou os documentos apresentados pelo SIMERS, referente ao Hospital Viamão, e se comprometeu em fazer o mais breve possível, para auxiliar na resolução dos problemas.