O presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Marcelo Matias, esteve em Brasília nesta quinta-feira (27) para discutir o fechamento do Serviço de Ginecologia do Hospital Nossa Senhora Conceição (HNSC), programado para 1º de março de 2025. A decisão preocupa tanto pacientes quanto médicos residentes, afetando diretamente a assistência às mulheres e a formação de futuros ginecologistas e obstetras.
Durante o dia, o presidente participou de quatro reuniões com autoridades do setor. Dentre os encontros, destacou-se o diálogo com Carlos Alberto, chefe de gabinete da deputada Daiana Santos, Aline de Oliveira Costa, diretora do Departamento de Atenção Hospitalar, e Tatiana Chaves, coordenadora-geral do CGAH/MS.
Também esteve com os Deputados Federais, Sanderson e Osmar Terra. No Ministério da Saúde, Matias conversou com o secretário de Atenção Primária à Saúde, Dr. Felipe Proenço, e o secretário-adjunto, Dr. Jerzey Timoteo, que se comprometeram a dialogar com a direção do hospital para buscar uma solução.
Acompanhado das médicas residentes Amanda Wernke e Caroline Martins, Matias explicou os principais impactos da mudança. A realocação do serviço de ginecologia para o Hospital Fêmina pode sobrecarregar a unidade, que pode não ter a estrutura necessária para absorver toda a demanda do Conceição. Também separa a ginecologia e obstetrícia, prejudicando o atendimento contínuo, especialmente em casos pós-parto e complicações cirúrgicas.
A mudança também compromete a formação dos médicos residentes, com redução na carga prática e dificuldades na divisão de horários e ambulatórios. Outro problema é a perda de um serviço essencial para a população da Zona Norte de Porto Alegre, que conta com o HNSC para cuidados ginecológicos e tem mais de 369 mil habitantes.
“Além dos danos à formação dos profissionais, a realocação poderá gerar um impacto significativo na qualidade do atendimento às pacientes e sobrecarregar os profissionais de saúde. O Sindicato alerta para os riscos de um desmantelamento no sistema de saúde pública da região”, afirmou Matias.
O Simers defende que qualquer mudança estrutural deve ser amplamente discutida e planejada, com a garantia de segurança para as pacientes e a continuidade da formação médica de qualidade. O sindicato segue mobilizado para evitar prejuízos ao sistema de saúde e continuará acompanhando o caso de perto. “Estamos atuando firmemente para que esse serviço essencial seja mantido e fortalecido”, concluiu o presidente do Simers.
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