Simers e MPRS vão buscar agenda com secretária Arita para tratar sobre a crise no Hospital São Pedro

A necessidade urgente de informações sobre o que está sendo feito para reverter a falta de recursos humanos e a precarização da assistência no Hospital Psiquiátrico São Pedro (HPSP) motivou o Núcleo de Psiquiatria do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (NuPsiq – Simers) e o Ministério Público do Estado a buscar uma agenda com a secretária estadual de Saúde, Arita Bergamnn, ainda no mês de julho. A definição é resultado de uma audiência realizada nesta quarta-feira, 5, com a presença da diretora do Simers e integrante do Núcleo, Luciana Mesko, da promotora de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos, Liliane Dreyer da Silva Pastoriz; e de representantes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre.

De acordo com a diretora do Simers, a atual situação do São Pedro, referência para 88 municípios da região Metropolitana e o que representa cerca de cinco milhões de pessoas, é uma constante preocupação do NuPsiq – Simers. Ela citou uma agenda realizada na semana passada sobre o tema entre o Sindicato, a atual diretora do HPSP, Maria Letícia Ikeda, também chefe da Divisão de Unidades Próprias da SES, e a diretora técnica da instituição, Liliane Dias de Lima.

“Além da assistência, o Hospital também é responsável pela formação de especialistas na área e o que vemos é o desmonte da estrutura. Enquanto existe o aumento dos casos de transtornos mentais, adultos, crianças e adolescentes de todo o Estado ficam sem atendimento e isso é muito grave”, ressalta Luciana.

O problema também foi destacado pelos representantes da Saúde da Capital, que relataram a dificuldade em contar os com 25 leitos contratualizados com o Estado. Das dez vagas destinadas à internação de menores e 15 para adultos, apenas oito conseguem ser utilizadas, apontou o diretor da Diretoria de Atenção Ambulatorial, Hospitalar e Urgências (DAAHU), Fávio Telis. Também participaram a chefe de gabinete SMS, Jaqueline Silva; as coordenadoras da DAAHU, Débora Édna e Denise Maria Braga; e o assessor técnico da Coordenação de Atenção à Saúde Mental (CASM) da SMS, Gabriel Mazzini.