Simers em Novo Hamburgo: entidade leva apoio a médicos da UPA Centro
Defesa

Simers em Novo Hamburgo: entidade leva apoio a médicos da UPA Centro

Profissionais foram constrangidos por vereador, que filmou e divulgou sem autorização plantonistas na sala de descanso

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23/01/2025 12:43

Depois de um vereador de Novo Hamburgo ter constrangido plantonista da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Centro, no bairro Rio Branco, gravando e divulgando imagens no seu intervalo de descanso, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) esteve no local, nessa quarta-feira, 22. O objetivo foi prestar solidariedade aos profissionais e colocar a estrutura da entidade à disposição dos plantonistas para o que fosse necessário.

A diretora do Simers, Cristiane Ribas do Nascimento, informou, ainda, que ofícios estão sendo enviado ao Ministério Público (MP), Câmara de Vereadores e ao Executivo do Município, pedindo que medidas cabíveis sejam tomadas. “Todos os hospitais e pronto atendimentos têm espaços reservados ao descanso dos profissionais da saúde que viram a noite, de plantão. A medida visa proteger médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, mas também os pacientes. É uma forma de garantir que, através do revezamento, os usuários do sistema possam ser atendidos por profissionais em condições físicas e psicológicas de prestar o melhor auxílio, cumprindo a escala”, defendeu a diretora. “É inadmissível que uma médica tenha sofrido essa invasão, no seu local de trabalho”, criticou.

Segundo os médicos que se reuniram com o Simers, o episódio ocorreu na noite de segunda-feira, 19, após dois episódios de socorro bastante desgastantes e enquanto o atendimento dos pacientes que estavam no local – todos de classificação azul, quando não há risco – era realizado normalmente. “Tinha acontecido um incêndio no Hospital Municipal, à tarde, e tínhamos sido a equipe de plantão responsável por atestar, naquela noite, uma das coisas mais difíceis para qualquer ser humano: a morte por afogamento, na piscina de casa, de uma menina que ainda não tinha completado quatro anos”, relataram. “Nessas situações, todos ficam abalados e precisam buscar forças para seguir o plantão. O intervalo de descanso para recompor o profissional é fundamental e o que mais revolta é que o movimento estava tranquilo, com os atendimentos ocorrendo normalmente”, recordaram os profissionais.

A diretora Cristiane reforçou que a primeira medida para evitar que esse tipo de episódio envolvendo agentes públicos se torne prática comum para ganhar engajamento nas redes sociais foi o encaminhamento dos ofícios. Agora o Simers aguardará um posicionamento do MP, da Câmara de Vereadores e da Prefeitura de Novo Hamburgo. “E vamos continuar atentos aos movimentos para seguir na defesa intransigente dos médicos e da sua segurança para o exercício profissional”, concluiu.

Tags: Médicos Medicina Simers 93 anos Novo Hamburgo agressão contra médicos

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