O diretor de Interior do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Luiz Alberto Grossi, entregou à secretária de Saúde de Pelotas, Roberta Paganini Ribeiro, oficio que sugere diversas ações para qualificar o atendimento de saúde aos pelotenses. A reunião ocorreu nesta terça-feira, 11,, no gabinete da titular da Secretária Municipal de Saúde do município.
O diretor Grossi explicou que foi verificado neste mês de outubro a redução de 4 para 3 plantonistas durante o dia (das 12h às 24h), na UPA AREAL, o que entende deva ser reestabelecida, pois a demanda é significativa, com cerca 8.000 atendimentos mês e a inauguração nesta unidade do CRAI – Centro de Referência ao Atendimento Infanto-Juvenil. Vale dizer, completa o diretor da entidade médica, que não há pediatra na unidade, razão pela qual o atendimento deverá ser realizado também pelo médico clínico.
No Pronto Socorro, acrescenta Grossi, foi reduzida há algumas semanas um cirurgião plantonista, o que é extremamente complicado, tendo em vista que além do único profissional ter que atender todas as emergências do hospital, ele também age como preceptor e realiza cirurgias sozinho, o que é vedado pelo Cremers. Assim, se o médico estiver em cirurgia, não poderá atender outros casos urgentes, tão pouco orientar os residentes. A Secretária prometeu que vai verificar a situação.
A segunda situação verificada no Pronto Socorro, enumerou o diretor, foi a redução de um pediatra, o que também é extremamente preocupante, pois o hospital possui uma demanda muito grande de pacientes, com os corredores lotados e o hospital é referência no atendimento infantil. Em relação às UBS, há deficiência de médicos em 21 unidades. Neste particular, a secretária Roberta Pagani reconhece que precisa haver maior valorização da hora de trabalho. Dessa forma, estas unidades poderão ter as vagas preenchidas.
Em relação ao atendimento pré-natal, há deficiência quantitativa e qualitativa na assistência de baixo risco nas UBS, além de difícil acesso aos exames básicos. Gestantes que poderiam ter manejo adequado em nível básico acabam sendo direcionadas para ambulatórios de nível secundário, que poderiam estar mais direcionados ao alto risco. A qualidade no atendimento poderia ser melhorada com o treinamento dos pré-natalistas, com acesso aos protocolos/fluxogramas de atendimento e ainda disponibilização de tutoria/consultoria remota realizada por especialistas.
Acrescenta-se a estas situações, o crescente número de gestantes diabéticas, as quais necessitam de ultrassonografia morfológica e ecocardiograma fetal durante o pré-natal de alto risco. Estes exames deveriam ser feitos ambulatorialmente, porém acaba sendo necessário a internação na maternidade ou casa de gestante por alguns dias para a sua realização, ocasionando aumento desnecessário na demanda por leitos e colabora para a superlotação das duas maternidades SUS de Pelotas. A Secretária Roberta disse estar aberta ao diálogo entre a Secretaria e o Simers, algo que deverá voltar a ocorrers em breve para a evolução destes e outros assuntos relacionado à saúde da população.
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