Foto: Valesca Luz / Acústica FM
O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) está oficiando nesta segunda-feira, 16, ao presidente da Santa Casa de Misericórdia de São Lourenço do Sul, Cristiano Krüger Altenburg; a Promotoria de Justiça de São Lourenço do Sul, Cristiana Müller Chatkin; ao presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul – Cremers, Eduardo Neubarth Trindade, e ao prefeito de São Lourenço do Sul, Rudinei Härter, conforme deliberado em Assembleia Geral Extraordinária e informado previamente no Ofício n.º 522/2024 - JUR/SEC, datado de 13 de novembro de 2024, que os médicos decidiram, em conjunto, paralisar as atividades eletivas a partir de 14 de dezembro.
“Essa decisão foi tomada em virtude da falta de avanços concretos nas negociações com a administração da Santa Casa, que não apresentou soluções efetivas para a regularização dos honorários médicos em atraso”, destaca o diretor da Região Sul da entidade, Marcelo Sclowitz. “Embora tenha sido realizado o pagamento referente aos honorários do mês de agosto, no dia 13 de dezembro, o receio dos médicos é de que os atrasos persistam, agravando ainda mais a situação financeira dos profissionais”, conclui.
Insegurança e insatisfação
O Sindicato recebeu a informação, neste final de semana que, apesar desse cenário de desafios, há notícia de que alguns médicos plantonistas estão recebendo seus honorários regularmente após os plantões, o que gera ainda mais insegurança e insatisfação entre os demais profissionais que permanecem sem previsão de quitação de seus honorários em atraso. “Essa discrepância reforça a necessidade de um diálogo mais claro e eficaz por parte da administração da Santa Casa”, é enfático Sclowitz.
O diretor da Região Sul reitera que a paralisação não é o desejo dos médicos, mas foi considerada a única forma viável para mobilizar a administração e buscar uma solução efetiva para a questão. Importante destacar que, durante o período de paralisação, lembra o dirigente, serão mantidos todos os atendimentos de urgência e emergência, garantindo o suporte necessário aos pacientes em situações de risco iminente de vida. Pacientes que necessitem de atendimentos não configurados como urgência ou emergência deverão ser encaminhados para outras unidades de saúde.
Reunião sem progresso
Buscando um acordo, no dia 10 de dezembro ocorreu uma reunião entre os médicos e a administração da Santa Casa. No entanto, neste encontro não foi apresentada nenhuma previsão concreta de regularização dos valores em aberto ou qualquer proposta que pudesse garantir a estabilidade futura dos pagamentos. Sequer o pagamento que seria feito no dia 13 de dezembro foi mencionado. A ausência de clareza e planejamento por parte da administração reforça a preocupação dos médicos com a continuidade dos atrasos e a possibilidade de agravamento da situação.
O Simers permanece à disposição para continuar as negociações e solicita que a administração da Santa Casa agende uma nova reunião para dar continuidade às tratativas e buscar uma solução definitiva para essa situação.
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