O Simers fez um alerta à população de Pelotas sobre a situação da Maternidade da Santa Casa, que foi fechada no dia 1º de abril, depois que médicos pediatras e obstetras ficaram sem contrato e, por isso, não podiam mais prestar atendimento. A entidade médica publicou um Apedido nos jornais locais explicando a situação. Confira:
O Diretor de Interior do Simers, Fernando Uberti, ressaltou que a situação foi alertada pela entidade há vários meses, sem que nenhuma atitude tenha sido tomada pela direção do hospital. Segundo ele, o histórico de atraso na Santa Casa foi gerando um afastamento dos médicos, dificultando a composição das escalas de plantão e causando algumas paralisações pontuais. “Desta vez, os médicos deram uma prorrogação de 60 dias para que fosse encontrado um consenso para a confecção de novos contratos. Lamentamos que não foi apresentada nenhuma proposta de negociação e nos preocupa a absoluta falta de diálogo do hospital”, afirmou.
Leia a íntegra do Apedido:
SIMERS ALERTA PARA DESCASO NA SANTA CASA DE PELOTAS
O Simers – Sindicato Médico do Rio Grande do Sul alerta a população de Pelotas para a desassistência na área de pediatria e obstetrícia, a partir do fechamento da Maternidade nessa quarta-feira, dia 1º de abril, e explica as razões:
1) Há vários meses a entidade vem alertando a direção da Santa Casa para a falta de profissionais para compor as escalas de plantão na maternidade;
2) Os contratos dos médicos terminaram em janeiro deste ano e os profissionais, prontamente, assinaram um termo aditivo prorrogando o vínculo por mais 60 dias, para não deixar a população desassistida;
3) Essa situação ocorreu bem antes da pandemia da COVID-19 e os médicos aguardaram por esse prazo para que a Santa Casa apresentasse uma proposta de renovação dos contratos, o que não ocorreu;
4) O hospital deve aos médicos algumas remunerações relativas a 2017/2018 e, somente neste ano, são mais de dois meses de atraso. Mesmo assim, o atendimento continuou sendo prestado;
5) Além disso, a Santa Casa acenou com a possibilidade de terceirizar o serviço, trazendo uma empresa de fora da cidade, fazendo com que os médicos ligados à comunidade fossem afastados;
6) Diante do encerramento do contrato em 31 de março, não houve alternativa aos profissionais senão a de deixar de prestar os atendimentos.
O Simers reforça que essa situação foi alertada há vários meses para a Santa Casa e também para a comunidade local, mas o descaso fez com que se chegasse a esse triste cenário.
O Simers continuará lutando para que a Maternidade não fique fechada e pede providências urgentes da direção do hospital para que a população não sofra as consequências em um momento tão difícil da nossa sociedade.
Pelotas, 02 de abril de 2020
Marcelo Marsillac Matias – presidente / Fernando Uberti Machado – diretor de Interior
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