Simers faz visitas técnicas para verificar superlotação das emergências do Clínicas e Conceição
Defesa

Simers faz visitas técnicas para verificar superlotação das emergências do Clínicas e Conceição

Nos dois hospitais, os corredores e salas estão tomados por pacientes que são atendidos em cadeiras

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30/04/2025 16:23

Ricardo Nogueira explica ao chefe do Serviço de Emergência do Clínicas, Daniel Fontana Pedrollo, a preocupação com o atendimento          Foto: Rodger Timm/Ascom Simers

O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) esteve, na manhã desta quarta-feira, 30, nos hospitais Conceição e Clínicas. A visita técnica coordenada pelo diretor Ricardo Nogueira verificou a superlotação das emergências. O Simers defende a restrição de atendimento aos casos com risco de morte.

No Clínicas, a demanda aumentou ainda mais nos últimos dois dias, de acordo com o chefe do Serviço de Emergência, Daniel Fontana Pedrollo. Nessa manhã, 160 pacientes estavam no setor, onde a capacidade é de 46. Quase todos doentes estavam aguardando leitos para internação e aproximadamente 50% são de outros municípios. Na triagem, aqueles de menor risco são orientados a procurar por uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou de Pronto Atendimento (UPA). Conforme Pedrollo, o grande problema é a falta de leitos de média e alta complexidade para encaminhar os pacientes e desafogar o setor. 

Ricardo Nogueira concordou: “Eles não deviam estar aqui, mas alocados em outros hospitais.” O diretor enfatizou que a implantação do Programa Assistir, do governo estadual, reduziu os recursos repassados às instituições.

 Equipe do Conceição explica que a maior preocupação é com a demora para encaminhar os pacientes a leitos na instituição ou em outros hospitais                   Foto: Rodger Timm/Ascom 

No Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), a situação não é diferente. A entrada da Emergência tem um aviso afixado há quase um ano, restringindo o atendimento apenas a casos de risco com morte. De acordo com a gerente de Unidades de Internação, Lana Pinto, havia 130 pacientes nessa manhã no setor, onde o espaço é para somente 51. Em média, 44% são de fora de Porto Alegre. Para ela, o problema maior não é a porta de entrada na Emergência, mas a demora para a saída. Muitos deveriam retornar ao município de origem para seguir o tratamento, mas enfrentam dificuldade para acessar os hospitais locais. Em Porto Alegre, os leitos de retaguarda contratados pelo Município são insuficientes. 

O Simers irá encaminhar ofícios ao Ministério Público e Prefeitura relatando a situação e cobrando providências.

Tags: Medicina Médicos Simers 93 anos emergência superlotada Hospital de Clínicas de Porto Alegre Hospital Nossa Senhora da Conceição

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