Simers cobra soluções para o HPS de Porto Alegre durante audiência pública
Se um dia o Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre (HPS) já chegou a contar com 1.400 funcionários, hoje o cenário é outro: atualmente, o número não chega a mil. A falta de recursos humanos, aliás, foi o principal...
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24/08/2018 14:31
Se um dia o Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre (HPS) já chegou a contar com 1.400 funcionários, hoje o cenário é outro: atualmente, o número não chega a mil. A falta de recursos humanos, aliás, foi o principal ponto discutido em audiência pública da Comissão Municipal de Saúde. Realizado na noite de quinta-feira (23), na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, o evento trouxe inúmeros depoimentos de quem conhece a instituição de longa data e teme pelo seu futuro.
“Atuamos com a iminência da morte. Só quem já trabalhou lá dentro sabe o que é o HPS. Eu convido a passar uma semana conosco para ver o que é salvar vidas”, ressaltou em sua fala a representante do Simers Malu Kafrouni.
Na oftalmologia, não há médicos de plantão de segunda a sexta-feira. Malu alerta ainda que há salas cirúrgicas que não estão em funcionamento pela insuficiência de profissionais, o que coloca os médicos diante de escolhas ingratas: definir qual vai ser o paciente operado, já que existe impossibilidade de atendimento imediato a todos. “Fazemos atendimento em trauma. Não estamos tratando de doenças que possam esperar um pouco mais até que o gestor decida tomar uma atitude”, completou Kafrouni.
Falta estrutura no HPS de Porto Alegre
Mas a falta de pessoal não é o único drama vivenciado por quem atua no HPS. Serviços e leitos fechados, equipamentos estragados e salas desocupadas também compõem o cenário de desmonte. Nem mesmo o número de macas é suficiente: diversas vezes, o atendimento precisa ser feito na própria maca do Samu.
Apesar dos problemas, o serviço é mantido pela dedicação dos profissionais que atuam no local. De acordo com dados do relatório de gestão da Secretaria Municipal de Saúde, o HPS realiza cinco mil internações ao ano. Ao todo, são também 27 mil atendimentos anuais a pacientes procedentes de outros municípios.
Busca por respostas
Presente na audiência, o secretário municipal de Saúde, Erno Harzheim, apresentou justificativas baseadas no discurso da alegada crise financeira.
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