Pacientes que permanecem internados por semanas, macas utilizadas como se fossem leitos e dificuldade para transferência aos hospitais. Esses foram alguns dos principais problemas encontrados pela equipe do Simers na quinta-feira (16/ago), em visita ao Serviço de Urgência e Emergência (SUE), em Gravataí.
Para o diretor do Simers André Gonzales, a unidade parece ter se transformado em um hospital, ainda que a sua estrutura seja de pronto-atendimento (PA). “Essa, infelizmente, é a realidade que temos encontrado com frequência”, lamenta. A demanda é tanta que os dois respiradores disponíveis estão sempre ocupados. “Se chegar um paciente em parada cardíaca, por exemplo, os médicos não têm o que fazer”, completa.
Dificuldades operacionais
O diretor do Simers relata ainda problemas com a insuficiência de profissionais. No caso da traumatologia, dois dias da semana contam apenas com um médico, quando o ideal seriam dois. A situação ocorre há mais de um ano, por problemas contratuais que seguem sem resolução.
Na área clínica, há três médicos de segunda a sexta. No final de semana, porém, apenas dois permanecem, apesar da demanda contínua.
Além disso, os médicos apontam a insuficiência de medicamentos, como antibióticos, e reclamam do equipamento de raio X, que costuma estragar com frequência.
Sem reajuste
Os profissionais também alertaram que não recebem sequer o reajuste da inflação desde 2016. “Acumulado, o valor representa uma perda salarial importante. Vamos buscar a recomposição”, acrescenta Gonzales, que se comprometeu em buscar negociação com a Prefeitura de Gravataí.