O Simers – Sindicato Médico do Rio Grande do Sul notificou, nesta semana, a administração da Santa Casa de Caridade de Bagé, o Ministério Público e o Conselho Regional de Medicina (Cremers) sobre a situação no hospital. No documento, além de fazer diversas solicitações ao hospital, o Simers alerta a comunidade de Bagé para o risco de desassistência na saúde do município. Os médicos que atuam na Santa Casa podem paralisar os serviços em diversas especialidades, em 30 dias, pela falta de pagamento das remunerações. Os atrasos superam os seis meses e, apesar de continuarem prestando atendimento, os profissionais não suportam mais a situação.
Em assembleia realizada no dia 10 de junho na Sociedade de Medicina de Bagé, os médicos decidiram notificar as três instituições sobre a situação. Caso a administração do hospital não apresente respostas e soluções, os médicos irão paralisar as atividades. No documento, o sindicato aponta falhas de infraestrutura relatadas pelos médicos, pede um cronograma de pagamento para os atrasados e exige a formalização de contratos em alguns casos. Além disso, o Simers solicita que a Santa Casa preste contas ao corpo clínico e tenha mais transparência nas informações financeiras.
Os médicos informaram ao Diretor de Interior do sindicato, Fernando Uberti, que há muito tempo os pagamentos – quando ocorrem – são parciais. Além disso, há falta de insumos e de condições de trabalho. Também informaram que o raio X não está funcionando. Somado a isso está a falta de diálogo de parte da administração do hospital com os profissionais. A última proposta apresentada pelo provedor, em reunião com o Simers, é de pagar parte da dívida com recursos advindos do financiamento perante a Caixa Econômica Federal e Funafir.
O diretor Fernando Uberti destacou que os profissionais chegaram no limite e está na hora da administração da Santa Casa apresentar respostas. “Os médicos da Santa Casa já ultrapassaram seu limite de tolerabilidade. Além dos grandes atrasos nos pagamentos, há falta de infraestrutura e insumos para atender a população e uma postura arbitrária da gestão do hospital, que ataca os médicos e não apresenta soluções. Ou todos os segmentos envolvidos atuam em conjunto para encontrar soluções, ou a população de Bagé será penalizada pela omissão da atual gestão da Santa Casa”, afirmou.
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