A plenária do Conselho Municipal de Saúde (CMS) de Porto Alegre, na noite dessa quinta-feira, 20, trouxe mais um aliado na batalha do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) contra o fechamento do Serviço de Ginecologia no Hospital Nossa Senhora da Conceição. A diretora Ana Coronel, que integra o CMS, e o diretor Ricardo Pedrini, relataram os prejuízos que a transferência do atendimento para o Fêmina vai trazer para as mulheres que necessitem de assistência especializada. A presidente do Conselho, Maria Inês Bothona Flores, disse que o CMS vai apoiar as ações do Simers.
Uma das medidas é o agendamento de uma plenária extra, com participação de representantes do Grupo Hospitalar Conceição. A intenção é de que ela seja realizada antes da data prevista para o fim do atendimento do serviço na instituição da Zona Norte da capital, que vai ocorrer no dia 1º de março.
Ana Coronel salientou que, após o Simers analisar como estava ocorrendo o processo de fechamento do setor no Conceição e a transferência da equipe para o Fêmina, chegou à conclusão de que isso não deve acontecer neste momento. “Não há estrutura suficiente, não há garantias de que não vai haver desassistência”, destacou. Pedrini relembrou o fechamento de diversos centros obstétricos em Porto Alegre, reduzindo a oferta de atendimento de urgência e emergência. Ele pediu apoio do Município para impedir que mais um serviço seja encerrado. Lembrou ainda que as reformas no Fêmina para a transferência da equipe que atua no Conceição não são suficientes para aumentar a capacidade de atendimento.
A pauta original da plenária do CMS foi a atuação das equipes multidisciplinares (eMulti). O Simers cobrou melhores condições no CAPS ADIII, que funciona junto ao GHC. Com o fechamento de outras unidades, por causa das enchentes, e do Instituto de Psiquiátrico Forense, houve um crescimento da procura pelo serviço, sem que houvesse aumento de estrutura e de profissionais.
O local tem apenas uma porta de acesso e atende pacientes de diversas complexidades, desde os ambulatoriais aos que necessitam de contenção. Existe um risco de exposição devido a essa situação. O pouco espaço para os leitos de internação, com camas inadequadas e mal posicionadas, dificulta os atendimentos. Além disso, não há plantão médico noturno ou aos finais de semana, nem de farmacêutico. O Simers questionou o GHC, que reconheceu as dificuldades, mas que a demanda deveria ser sanada pela Secretaria Municipal de Saúde.
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