Simers participa de Audiência Pública sobre o IPE Saúde na ALRS

O presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Marcos Rovinski, participou, na manhã desta segunda-feira, 20, de Audiência Pública na Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa do Estado (ALRS), que debateu a situação deficitária da Tabela IPE, sem correção há mais de uma década. A reunião, solicitada pelo deputado Estadual Rodrigo Lorenzoni, contou com a participação do presidente do Conselho Regional de Medicina do RS (Cremers), Carlos Sparta, e do presidente da Federação das Santas Casas do RS, Ricardo Englert.

Primeiro a falar sobre o tema, o presidente Marcos Rovinski salientou que há muito diálogo e pouca resolução sobre a calamitosa situação que acomete médicos e hospitais credenciados ao Planos. O SIMERS, de acordo com o dirigente, apresentou ao longo do tempo, isoladamente e em conjunto com as demais entidades médicas na Comissão Estadual de Honorários Médicos, várias propostas ao Ipe Saúde, sem receber nenhuma contra-proposta. “A situação atual pune os médicos e os usuários do Ipe, que não têm responsabilidade pelos problemas. E os gestores públicos têm a obrigação de resolver, mantendo o Ipe Saúde, reajustando pagamento a médicos e hospitais, alocando os recursos necessários”, disse.

Representando às instituições de saúde, o diretor Financeiro da Santa Casa de Misericórdia, Ricardo Englert, ratificou o que foi falado pelo presidente do Sindicato e alertou: ”Caso essa negociação falhe, efeitos catastróficos se instalarão sobre beneficiários, credenciados e a saúde pública de forma geral, visto que esse descredenciamento em cascata irá pressionar o SUS”, garantiu. O presidente do Cremers, Carlos Sparta, reiterou a preocupação do Conselho com os médicos que precisam se sujeitar a receber honorários defasados, acumulando perdas à categoria, tanto pecuniária como de investimentos de forma geral. Sobre a situação, ele afirmou que ”o Cremers está atento e é parceiro de que uma saída favorável à classe médica seja construída”, disse.

Diante da inércia e das constantes reuniões e audiências sobre o tema, o deputado Rodrigo Lorenzoni criticou a postura do IPE-Saúde e foi categórico ao afirmar que ”É preciso responsabilizar quem está fazendo sangrar a saúde dos servidores, bem como inviabilizando as operações de hospitais e a prestação de serviços de médicos. Essa ausência é incontestável, e o Parlamento Gaúcho não medirá esforços para resolver esse imbróglio” , afirmou o deputado. Ele não descartou outras ferramentas legislativas, tal como a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito).