A diretora do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), a médica mastologista Michela Fauth Marczyk representou a entidade médica na reunião, em formato remoto, da Comissão de Saúde e Meio Ambiente (COSMAM), da Câmara Municipal de Porto Alegre (CMPA), nesta quinta-feira, 7. Na pauta: ações alusivas ao Outubro Rosa, um movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama, criado no início da década de 1990. A mesa contou com especialistas da área médica, lideranças políticas e da sociedade.
Na primeira parte da reunião foram apresentadas experiências individuais de pacientes, desde o exame, passando pelo diagnóstico e tratamento, além do acompanhamento quimio e radioterápico. Houve quase que uma unanimidade que o momento do diagnóstico é considerado o pior. Com base na realidade brasileira e na situação do sistema de saúde pública, Michela afirmou que “O pior momento é o da dúvida. Esperar um exame, uma consulta pelo SUS. É a falta de profissionais na rede, isso é o mais delicado quando o assunto é câncer de mama”, disse a diretora do Simers.
A importância da aquisição, por parte do setor público, de equipamentos e materiais que auxiliam no diagnóstico ágil do câncer de mama, também foi levantada. Os vereadores presentes no encontro se prontificaram a destinar suas emendas impositivas, para proporcionar a compra de mais equipamentos de ecografia e biópsias. Outro tema levantado foi da necessidade de um centro de diagnósticos, que visa acelerar os diagnósticos, bem como a consulta com especialistas, tratamento e acompanhamento. Para Michela, "um centro de diagnósticos evitaria que mulheres procurassem serviços de alta complexidade. Assim o processo seria mais organizado, ágil e fluido”, explicou.
O Simers, durante todo o mês de outubro, promove campanha referente ao Outubro Rosa. As doações estão sendo recepcionadas em sua sede (Cel. Corte Real, 975 - Petrópolis). Alimentos, mechas de cabelos, perucas e lenços para cabeça serão direcionados a entidades específicas e ONGs que atuam no combate; educação e estímulo ao diagnóstico precoce. A entidade reitera a necessidade das mulheres realizarem exames de mamografia a partir dos 40 anos, principalmente as moradoras da capital, local onde se concentra a maioria dos casos da doença em nível estadual.
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