O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), através do presidente Marcos Rovinski, participou de reunião, na Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam), da Câmara Municipal de Vereadores, na manhã desta terça-feira, 16. A pauta, proposta pela vice-presidente da comissão, vereadora Mônica Leal (PP), foi os malefícios do uso do cigarro eletrônico.
O presidente do Simers foi o primeiro a falar e introduziu o assunto, destacando a preocupação dos médicos em relação aos efeitos deste consumo, principalmente entre os jovens.
“A categoria médica está preocupada, pois os cigarros eletrônicos não são uma solução, mas sim, a introdução de um problema novo, em relação ao uso do tabaco. Na verdade, essa indústria criou uma alternativa que parece mais atraente, mas na verdade é ainda mais perigosa e prejudicial à saúde que o cigarro comum. Por isso, parabenizo à Cosmam pela iniciativa deste debate”, apontou Marcos Rovinski.
Os presentes na reunião afirmaram que a indústria do tabagismo contra-atacou a restrição imposta pelo cigarro convencional e está incentivando a fabricação do cigarro eletrônico. Médicos alertaram para danos cardiopulmonares, que podem ser iguais ou piores dos causados pela Covid-19.
Como forma de coibir o uso, Rovinski propôs realizar uma articulação, em conjunto, de campanhas publicitárias, para mostrar os malefícios e proibir o consumo em lugares fechados. “O mesmo que foi feito, anos atrás, com o cigarro, agora é necessário que se repita neste caso. É uma questão de trabalhar a conscientização. Vamos unir todo o conhecimento científico que está sendo exposto para municiar campanhas com informações e dados. O Simers é parceiro neste combate e na realização de ações de prevenção”, salientou o presdiente do Simers.
Psiquiatras e odontólogos também participaram da reunião e demostraram preocupação com a rápida adesão dos jovens. O formato diferente, a ausência do mau cheiro da fumaça e a sensação de prazer e recompensa sentidos em 15 segundos após o uso, está tornando os consumidores em dependentes químicos.
“A população precisa se conscientizar dos danos causados pelo cigarro eletrônico. E além disso, que as leis municipais, mas também de nível nacional, sejam mais rigorosas, e que proíbam o consumo em locais fechados e desenvolvam políticas de combate ao contrabando daqueles produtos”, finalizou Rovinski.
O Simers utiliza cookies e tecnologias semelhantes, como explicado em nossa Política de Privacidade, para melhorar a experiência de usuário. Ao navegar por nosso conteúdo, o usuário aceita tais condições.