O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) enviou dois ofícios denunciando a inadimplência do Hospital Montenegro Regional, que acumula mais de 120 dias sem pagar os profissionais. A entidade alertou as autoridades competentes, incluindo a SES/RS, prefeitos da região, o Conselho Regional de Medicina (Cremers) e o Ministério Público, para garantir a regularização dos pagamentos e evitar prejuízos tanto para os médicos quanto para os pacientes.
Diante da inércia da administração hospitalar, o Simers reforça a necessidade de medidas mais duras. Defendemos a destituição imediata da atual gestão do hospital e a responsabilização da AOASE, que, enquanto mantenedora, precisa ser cobrada por sua má administração e incapacidade de garantir a dignidade dos profissionais e a continuidade dos serviços médicos.
A notificação do Governo do RS
Em resposta à mobilização do Simers, a SES/RS emitiu um ofício na tarde de quinta-feira,20, exigindo do hospital, em 24h, uma manifestação sobre o atraso nos pagamentos e as medidas para regularização. O documento também alerta que a interrupção unilateral de serviços, sem prévia anuência da gestão estadual do SUS, pode impactar diretamente o repasse de incentivos financeiros ao hospital, conforme previsto no regramento do Programa Assistir.
Impactos para a categoria médica e a saúde pública
A inadimplência prolongada não só desrespeita os direitos dos médicos, como também compromete a continuidade da assistência em saúde na região. A paralisação de atividades em especialidades como Obstetrícia, Traumato-Ortopedia, Cirurgia Torácica, Neurocirurgia, Pediatria e Anestesiologia demonstra o impacto direto da crise financeira na rede de atenção hospitalar.
O Simers reforça que a defesa da categoria médica também é uma luta pela qualidade da saúde pública. Exigimos uma solução imediata para a quitação dos débitos com os profissionais e a manutenção da segurança nos atendimentos.
Enfatizamos que a situação chegou a um ponto crítico. A crise no Hospital Montenegro Regional não pode mais ser administrada com paliativos. É necessária uma reestruturação urgente da governança hospitalar para garantir a regularização dos pagamentos e evitar que a população sofra com o colapso da assistência médica. A falta de medidas concretas e eficazes só agrava o cenário.
O Simers seguirá vigilante, cobrando providências das autoridades e adotando todas as ações necessárias para que os médicos sejam respeitados e a assistência à população seja garantida.
O tempo de espera acabou: é hora de mudanças estruturais para que essa crise não se perpetue.
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