O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) através do presidente e vice-presidente, Marcos Rovinski e Fernando Uberti, realizaram reunião com médicos do Hospital Cristo Redentor, na noite de sexta-feira, 14, no auditório da entidade. O encontro contou com a presença dos diretores de Porto Alegre, Vinícius Mello, e de Interior, Luiz Alberto Grossi. Na pauta, o grave ataque à autonomia médica com a nomeação recente de uma enfermeira para o cargo de gerente de internação do hospital, em substituição a um médico da instituição.
Os médicos presentes relataram que a situação vem gerando desconforto e dificuldades na assistência em saúde dos pacientes, até mesmo desvirtuando a vocação HCR, como unidade hospitalar voltada a traumas e urgências. Muitos procedimentos eletivos tem se tornado frequentes e prioritários, drenando alto consumo logístico e em recursos humanos, e postergando a realização de procedimentos mais alinhados com a natureza do hospital.
O presidente do Simers destacou o papel da entidade na defesa do exercício pleno da Medicina. “O Sindicato é dos médicos e estamos aqui para representar, defender, proteger e buscar soluções que facilitem a vida dos profissionais. A representação sindical é a razão de sua existência, e nesta situação nós vamos intervir com certeza. Essa é uma questão política que precisa ser resolvida. Vamos fazer um comunicado direcionado à gestão do GHC salientando que os médicos devem ser chefiados somente por médicos. Essa interferência é grave e desrespeitosa”, declarou Marcos Rovinski.
O vice-presidente mencionou que “o Sindicato vai agir de forma contundente para devolver o respeito à autonomia médica e um cenário que possibilite respeito ao papel da categoria e melhor assistência aos pacientes. Essa intervenção de profissionais não médico abre um precedente muito grave. Vamos agir de forma incisiva", alertou Fernando Uberti.
Os diretores do Simers salientaram que a entidade será a voz dos médicos na busca por soluções e que seguirão à disposição para os futuros desdobramentos, mediação de diálogos com a gestão da instituição e entidades que representam a categoria. “Diferentes medidas devem ser tomadas, vamos oficiar internamente o GHC e informar ao Conselho Regional de Medicina, sobre esses fatos. Mas também agir de maneira mais enérgica, com divulgação forte na mídia sobre este desrespeito à autonomia e ao papel do médico, com graves prejuízos à população”, finalizou Fenando Uberti.
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