Simers recebe representantes do Instituto de Cardiologia que vieram comunicar o pedido de recuperação judicial

Simers recebe representantes do Instituto de Cardiologia que vieram comunicar o pedido de recuperação judicial

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20/11/2023 13:50

O vice-presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Marcelo Matias, acompanhado do diretor da entidade, Jeferson Oliveira, recebeu na manhã de segunda-feira, 20, o superintendente Executivo da Fundação Universitária de Cardiologia (IC-FUC), Oswaldo Luis Balparda, que esteve acompanhado por advogados da MSC Advogados que prestam assessoria ao Instituto de Cardiologia. Na pauta, apresentação do pedido de recuperação judicial encaminhado à Vara Regional Empresarial da Comarca de Porto Alegre, no início desta manhã.

O vice-presidente recebeu o grupo e salientou que o Simers está preocupado com a situação da instituição e com os 34 médicos desligados nos últimos dias, de um contingente de 246 profissionais demitidos. “Estamos acompanhando com atenção e preocupação a situação do Instituto de Cardiologia e a situação dos médicos demitidos. Queremos alternativas que atendam os interesses da categoria”, disse Matias.

Além do IC, a Fundação é responsável pelo Hospital de Alvorada, pelo Hospital Padre Jeremias, em Cachoeirinha, pelo Instituto de Cardiologia Hospital Viamão, pelo Hospital Regional de Santa Maria e pelo Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal. Hoje o IC conta com quatro mil colaboradores e é responsável por mais de 50% procedimentos cardiológicos do Estado e 70% dos cateterismos realizados no Rio Grande do Sul. O endividamento total é de R$ 343,48 milhões.

“Buscamos medidas que possibilitem que o Instituto de Cardiologia possa se recuperar deste processo e sair mais forte.  Com o pedido de recuperação judicial congelamos os débitos existentes e podemos honrar os compromissos futuros. Já no quinto dia útil de dezembro pagaremos os nossos colaboradores. Nosso hospital seguirá funcionando e acredito que este seja o desejo de todos”, reiterou Balparda. Ele completou que os desligamentos fizeram parte de um acordo com o Ministério Público para redução de 20% de sua folha de pagamento e a classificou como sendo "necessária para uma importante reestruturação de seus gastos atuais".

Já o pagamento dos médicos e profissionais demitidos, bem como fornecedores e demais passivos, será definido no plano de reestruturação do Instituto de Cardiologia e submetido aos credores e à Justiça. “As verbas rescisórias começarão a ser pagas 60 dias após deferido o plano e em um prazo não superior a 12 meses”, explica Silvio Santos, da MSC Advogados.

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