O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) se reuniu com a direção do Hospital Nossa Senhora dos Navegantes (HNSN), em Torres, na tarde de quinta-feira, 25. A pauta do encontro foi a busca por informações sobre como está sendo o início da nova gestão da instituição, que desde janeiro é administrada pelo Instituto Brasileiro de Saúde, Ensino, Pesquisa e Extensão para o Desenvolvimento Humano (Ibsaúde).
O encontro foi comandado pela diretora do Litoral Norte do Simers, Gabriela Schuster, acompanhada pela assessoria política e jurídica do Simers. O superintendente técnico corporativo do Ibsaúde, Luiz Antônio de Oliveira, explicou que o Instituto adquiriu o hospital da Associação Educadora São Carlos (Aesc), mas que a transição tem prazo de 90 dias para ser efetivada. Devido a isso, a nova administração relatou ao Simers estar com dificuldades para estabelecer a transferência dos contratos com o Estado referente ao Sistema Único de Saúde (SUS), da Aesc para o Ibsaúde.
Devido a contratação dos serviços ainda estar vinculada à Aesc, a administração hospitalar representada por Isnar Passos, mencionou a dificuldade de contratar novos médicos. Profissionais de áreas como traumatologia e pediatria foram contratados por empresas terceirizadas ou via PJ.
Sobre a contratação de profissional especializado, a diretora Gabriela ressaltou que “o Simers defende a ideia de contratar médicos do município devido ao vínculo existente do profissional com o local. Sabemos que nem sempre é possível, mas quando assim é feito as chances de o médico permanecer na instituição é maior”, mencionou.
O pagamento dos médicos celetistas também esteve na pauta. De acordo com o Ibsaúde a folha salarial ainda é de responsabilidade da Aesc e informou que o corpo clínico está ciente desta situação. Além disso, ficou acordado entre o Ibsaúde e a AESC que nenhum funcionário poderá ser desligado, até que a administração do hospital seja definitiva da nova gestão.
Os representantes do Simers elogiaram a iniciativa de reativar o setor dos convênios e sugeriram que o hospital analise a possibilidade de ofertar serviços que tragam receita para a instituição, como o oferecimento de ecografias, tomografias e raio x. “É importante que estudem essa viabilidade, são serviços que a comunidade precisa e que, apesar das despesas com maquinários, a receita que gera para o hospital é maior”, apontou a diretora Gabriela.
O diretor técnico do Hospital, Fábio Amoretti, afirmou que contratos com o Estado, Prefeituras de Torres e de cidades do entorno estão sendo revistos, com o objetivo de viabilizar repasses maiores para a instituição para que seja possível manter a infraestrutura. A previsão dada pelo Ibsaúde é de que até o final de março a administração completa do HNSN esteja sob sua responsabilidade.
“Nossa intenção é conversar e entender esse momento de transição. Seguimos à disposição para o diálogo e apoio necessários para pôr o hospital em pleno funcionamento”, finalizou Gabriela Schuster.
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