O presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Marcos Rovinski, ainda vê com apreensão as medidas apresentadas pelo governo gaúcho, nesta segunda-feira, 17, para viabilizar o Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do RS (IPE-Saúde). Para Rovinski, o anúncio demonstra um movimento do Estado, mas sem apontar nada de concreto para recuperar uma defasagem de 12 anos no pagamento dos 6,5 mil médicos credenciados.
“Ressaltamos que é muito importante que se pense sobre o futuro do IPE. No entanto, estamos apreensivos porque não há nada de objetivo quanto aos reajustes dos honorários médicos e hospitalares. Precisamos de dados para apresentar à categoria e decidir quais os rumos serão seguidos”, ressalta o presidente.
De acordo com Rovinski, o projeto que prevê o aumento da alíquota dos titulares do plano de saúde, a cobrança de percentual dos dependentes, bem como a majoração da coparticipação em exames e consultas afeta os usuários e não apresenta uma solução à demanda de valorização dos médicos credenciados.
“Infelizmente, servidores e médicos continuam com um problema, uma vez que os cerca de um milhão de servidores estaduais terão aumento na contribuição e os profissionais não tem ideia precisa sobre a perspectiva de reajuste nos honorários”, afirmou o presidente do Simers.
Audiência Pública e Assembleia
No início da noite desta terça-feira, 18, o Simers participa de uma audiência pública para tratar da crise no IPE-Saúde, promovida pela Assembleia Legislativa (Alers), a partir das 19h, na sede da Associação Médica do RS (Amrigs). Já no dia 2 de maio, o Sindicato realiza uma nova Assembleia Geral Extraordinária com os médicos credenciados, para definir os rumos da mobilização. Desde o dia 10 de abril, os médicos estão paralisados e atendem apenas urgência e emergência pelo convênio.
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