Simers verifica a crise envolvendo os hospitais e a rede de saúde de Canoas
Defesa

Simers verifica a crise envolvendo os hospitais e a rede de saúde de Canoas

O vice-presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Marcelo Matias, juntamente das assessorias técnicas da Entidade, verificou ao longo de toda a tarde e início da noite de quinta-feira,27, a crise da saúde em Canoas

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28/04/2023 11:00

O vice-presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Marcelo Matias, juntamente das assessorias técnicas da Entidade, verificou ao longo de toda a tarde e início da noite de quinta-feira,27, a situação delicada à qual está inserido o sistema de saúde da cidade de Canoas, município de referência para mais de 100 cidades gaúchas.

Na quarta-feira,26, o Simers já havia se reunido com o secretário de Saúde, Aristeu Ismailow,onde foi confirmado o inadimplemento parcial com médicos PJ de toda a cidade,além da falta de repasses aos hospitais Universitário (HU) e de Pronto Socorro (HPSC). A justificativa: crise nas contas públicas e imbróglios políticos causados após o afastamento do prefeito Jairo Jorge e a chegada do vice, Nedy de Vargas Marques, ao comando do Paço Municipal. 

Com o retorno de Jairo ao comando da terceira economia do Rio Grande do Sul, foram divulgados os problemas arrecadatórios e o super endividamento da cidade, que chega a quase R$ 170 milhões. Para agudizar ainda mais a situação, a Secretaria Municipal de Saúde anunciou a interrupção das cirurgias eletivas no Hospital Universitário, a partir de 27.04 até o próximo dia 6.

"O que vemos em Canoas não é nenhuma novidade. Mais uma vez o Simers, na defesa do médico e da saúde, seguirá o seu papel de cobrar do Poder Público uma solução para esta situação", avaliou o vice presidente.

Tomógrafo do HPSC

Em vistoria realizada, foram identificados diversos problemas e a confirmação do atraso de quase 15 dias nos honorários dos médicos PJ, que prestam serviços no Hospital de Pronto Socorro de Canoas Prefeito Dr. Marcos Antônio Ronchetti (HPSC). Além da questão financeira, o tomógrafo, de quase duas décadas, deixou de operar. O custo para a substituição da peça é de R$ 280 mil. A perspectiva,segundo informações repassadas, é a de que o serviço volte a operar em até 45 dias. Também foi verificado a falta de uma ambulância com recursos avançados no local,isso porque a instituição é porta de entrada para casos graves. Sem o aparelho em operação, fica inviabilizado de se exercer o Ato Médico com segurança, ainda mais em casos que envolvam neurocirurgia. A alternativa para a realização do exame é no Universitário, cerca de 5km do HPSC.

Cirurgias eletivas suspensas

No Universitário, a diretora-Geral da Instituição,Ana Paula Macedo, confirmou a decisão da suspensão temporária ao vice-presidente Simers. Na visão dela "trata-se de uma profilaxia, a fim de evitar o colapso do Hospital, dado à grave situação financeira, que acumula R$ 12 milhões em dividas acumuladas", salientou. Além disso, casos de internação estão sendo avaliados conforme a gravidade. 

O que diz a Prefeitura

No início da noite, Marcelo Matias reuniu-se com o assessor Especial do Gabinete do Prefeito, Felipe Martini, a fim de saber as medidas que o Município pensa administrar, além disso, expôs todos os problemas encontrados nos hospitais. De acordo com Martini, a questão do tomógrafo será debatida com a direção do HPSC, assim como será discutida a contratação de uma ambulância especial para a instituição. Foram apresentadas,também, outras demandas pontuais, tais como realocação de suprimentos entre os hospitais. A crise financeira e a suspensão das eletivas também foram debatidas. A prefeitura pediu um prazo de 10 dias para o Simers, e ao fim do período uma nova reunião será realizada para avaliar as ações em curso.

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