Médicos especialistas com os salários de janeiro e fevereiro atrasados. Investimento insuficiente para bancar os custos de operação. Incerteza. Este é o quadro em que se encontra o Hospital São Vicente de Paulo, em Osório.
Dois meses atrás, o Simers se reuniu com a gestão do hospital e representantes do Ministério Público para discutir possíveis saídas para a crise. Mas as perspectivas pouco mudaram desde então. A gestão, por exemplo, havia negociado o pagamento de uma dívida antiga em até dez parcelas. Até o momento, porém, somente quatro foram pagas.Os administradores do hospital não dão previsão de quando o saldo dessa dívida será quitado. Nem mesmo os salários atrasados têm perspectivas concreta de pagamento. E a razão, segundo os gestores, seria a falta de aporte financeiro por parte da prefeitura de Osório, bem como a permanência dos atrasos nos repasses do governo estadual.
O Hospital São Francisco de Paulo é – ou deveria ser – referência na região para atendimentos em algumas especialidades, como a cardiologia. Entretanto, com as dificuldades financeiras, não há mais especialistas disponíveis para cobrir a demanda em todos os horários, o que amplia os riscos para os pacientes que precisam de tratamento rápido.
O diretor do Simers André Gonzales classifica o cenário como calamitoso. “É uma situação antiga e precisa ter fim. O Simers irá atrás da confissão de dívida para que a prefeitura honre o restante das parcelas e outros pagamentos, pois é a interventora do hospital”, salienta.A intervenção por parte da prefeitura começou em 2014 e está próxima do fim – deve se encerrar no dia 15 de julho. Conforme informações obtidas pelo Simers, algumas empresas já teriam sinalizado interesse em assumir a gestão do São Vicente de Paulo.
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