Situação crítica do Hospital Montenegro motiva visita do Simers

A suspensão dos serviços médicos no ambulatório de especialidades do Hospital Montenegro motivou visita do Simers ao local na tarde desta quinta-feira (22). Desde o dia 6 de novembro, consultas, exames e procedimentos eletivos não estão sendo feitos. A medida foi anunciada pela gestão como uma consequência da falta de repasses por parte do Estado – uma realidade que tem se repetido em grande parte dos municípios gaúchos.

Para a diretora do Simers Ariadene Duarte, é preocupante a situação vivida no hospital. “Os médicos estão sem receber pelo trabalho prestado, a população se vê sem opções para as consultas com especialistas. Todos acabam prejudicados. E isso tem se repetido em todo o Rio Grande do Sul”, destaca.

O Hospital Montenegro é 100% SUS e é referência para 14 municípios do Vale do Caí, o que abrange uma população de cerca de 200 mil pessoas.

Dificuldade na rede básica

Representantes do Simers também estiveram na rede básica para entender se houve algum impacto com a restrição de atendimentos no ambulatório. Na Unidade Básica de Saúde (UBS) Centro, os profissionais registram um pequeno aumento no número de pacientes atendidos.

Inaugurado em março deste ano, o local conta com estrutura nova e completa. Os profissionais relatam, no entanto, que existe grande dificuldade para o encaminhamento a especialistas, com consultas que podem demorar até um ano e meio para acontecer. “Um paciente que poderia ter seu problema resolvido, caso o atendimento fosse ágil, acaba agravando seu quadro de saúde”, explica Ariadene. Para ela, esse é mais um problema generalizado.