Preocupação é o sentimento que permanece após o fim de mais uma audiência no Ministério Público de Canoas para discutir a situação do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG). Realizado na tarde desta segunda-feira (26), o encontro terminou sem nenhuma resposta para a dívida de um ano que a instituição hospitalar possui com cerca de 120 médicos.
Já em termos de gestão, qualquer solução fica suspensa até que a ABC, mantenedora do Gracinha, tenha retorno de uma proposta do Conselho Executivo da Sociedade Sulina Divina Providência, instituição que faria um papel de consultoria junto ao hospital – trabalho em termos ainda desconhecidos pouco claros. Nova audiência no Ministério Público já foi agendada para o dia 14 de dezembro, onde devem ser repassados novos encaminhamentos.
“O Nossa Senhora das Graças tem potencial de fazer mais e melhor. Para isso, no entanto, é preciso qualificar a gestão e, indo além, mudar a visão estratégica”, aponta a diretora do Simers Clarissa Bassin. Ela destaca ainda que são sempre os médicos chamados a serem solidários, sem que tenham a contrapartida de respeito pelo trabalho realizado por parte dos gestores, saindo da audiência sem expectativas de solução.
Não bastassem os problemas graves do HNSG, a situação também preocupa nos dois outros hospitais do município, Universitário e de Pronto Socorro. Com o atraso constante nos repasses do Estado, a perspectiva é de um final de ano caótico.
O Hospital de Pronto Socorro, por exemplo, está com os atendimentos restritos desde a última semana e os ambulatórios tiveram as consultas suspensas. “Se continuarmos desse jeito, o colapso vai ser inevitável”, adverte Clarissa.
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