Transmissão de DSTs e o excesso de bebidas alcoólicas preocupam em época de carnaval
A Luta

Transmissão de DSTs e o excesso de bebidas alcoólicas preocupam em época de carnaval

O carnaval remete a alegria, calor e diversão, mas por outro lado muita gente embarca nessa euforia e acaba se esquecendo de cuidar da saúde. Por isso que o período da festa mais popular do Brasil também traz preocupações antigas...

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28/01/2016 13:05

shutterstock_282513755 O carnaval remete a alegria, calor e diversão, mas por outro lado muita gente embarca nessa euforia e acaba se esquecendo de cuidar da saúde. Por isso que o período da festa mais popular do Brasil também traz preocupações antigas como o grande número de infectados por doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), além do abuso de bebidas alcoólicas. Há uma grande quantidade de doenças que podem ser transmitidas através de relação sexual. As principais são: HPV, Sífilis, Gonorreia e HIV causadoras de câncer no colo do útero, de uretra, no reto, no fígado e sarcomas (tipos de câncer que se desenvolve em determinados tecidos). Portanto, a primeira dica do médico infectologista, Dimas Kliemann, é estar devidamente protegido. “A melhor prevenção que existe é o preservativo, isso para qualquer tipo de relação e prática sexual. Em alguns casos, também se recomenda o uso de lubrificante para não acarretar a ruptura do preservativo”, afirma. Para Kliemann, o aumento de casos de DSTs no carnaval está relacionado ao excesso de bebidas alcoólicas ingeridas nas festas e até mesmo a vestimenta dos foliões. “O aumento desses números, exclusivamente no carnaval, é por falta do uso de preservativo. Essa falta pode ser por conta da roupa que as pessoas usam, muitas vezes sem compartimentos para guardar alguns pertences, juntamente com a grande quantidade de álcool ingerido deixando os sentidos precários e tirando o juízo de tantos”. Outra dica importante do Infectologista é a procura imediata por atendimento médico, caso haja relação sexual sem preservativo. “As pessoas que tiveram relação sexual sem proteção, devem procurar um médico para fazer a análise. Se por acaso tenha entrado em contato com o vírus da AIDS, será feita a Profilaxia pós – exposição (PEP), uma forma de prevenção contra o HIV utilizando os medicamentos do coquetel usado em combate o vírus, que tem a necessidade de ser feito em até 48 horas depois do ato”, explica o médico. Conforme o Núcleo de Vigilância- Coordenação Estadual de DST/AIDS , da Secretaria Estadual da saúde do RS, não há dados específicos de contaminação nos dias de Carnaval, pois os agravos da doença podem levar anos para se manifestar. Os números representam o total dos casos apenas de AIDS no mês da festa mais popular do país. Em 2014, os números apontam que em fevereiro foram contabilizados 240 casos e ano passado mais 304. Somado, os meses de fevereiro dos últimos dois anos apresentam 544 ocorrências de AIDS. Outro problema comum nas festas de carnaval é o abuso de bebidas alcoólicas. Além da ressaca que costuma causar enjoo, dor de cabeça, diarreia e sensibilidade à luz, ingerir uma quantidade excessiva de álcool pode desencadear arritmia cardíaca, como explica o Presidente da Sociedade de Cardiologia do RS (SOCERG) e médico cardiologista, Gustavo Glotz. “O álcool é uma substância tóxica para o músculo do coração. Então, o excesso pode ocasionar arritmia independente se a pessoa é acostumada ou não a beber”. O abuso do álcool em conjunto com outras atitudes como uma má alimentação e o uso de cigarro também podem causar danos ao coração. “Beber e fumar junto, ingerir alimentos com uma grande quantidade de sal e dançar a noite toda tomando todas, como dizem, sem se hidratar depois. São atitudes que podem danificar o coração”, explica Glotz. A arritmia, de maneira genérica, apresenta sintomas como palpitação do coração, tonturas, mal estar generalizado e desmaios inexplicáveis. A recomendação do cardiologista é que a procura por um médico seja imediata em caso dessas manifestações. “O correto é procurar um profissional médico no mesmo instante, pois existem arritmias transitórias, ou seja, temos que fazer o diagnóstico no momento do evento, caso contrário a chance de reversão espontânea é muito grande”.  E por último Glotz da uma dica para os foliões curtirem as festas sem maiores problemas de saúde. “Podemos ingerir álcool, claro, mas sempre vale o bom senso e o auto cuidado. Se divirtam de forma moderada em todos os sentidos”, recomenda.  
Tags: Carnaval aids doença sexuais

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