O termo
cirurgia robótica ainda pode parecer termo de ficção científica para alguns, mas já é realidade ao redor do mundo. Enquanto em países como Estados Unidos há milhares de robôs cirúrgicos em atividade, no
Brasil, há 23 espalhados pela região Sul, Sudeste e Nordeste. Em alguns procedimentos, como propstactectomias, mais de
80% delas são realizadas com o auxílio do robô.
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Os robôs cirúrgicos permitem que o médico tenha uma visão da área a ser operada com um zoom de até dez vezes, com alta definição e em três dimensões. Isso leva a uma
maior precisão do procedimento. Além da visão, o robô permite um acesso e manipulação dos órgãos de maneira mais precisa, possibilitando uma cirurgia
menos invasiva, tornando a
recuperação mais rápida e menos dolorosa.
Essa tecnologia está disponível há pouco mais de três décadas. Em
1985, o robô PUMA 560 foi utilizado durante uma biópsia no cérebro, tornando o procedimento mas preciso e seguro. Três anos depois, o PROBOT, criado no Imperial College London, foi usado para realizar uma operação de próstata. Em 1992, o ROBODOC, desenvolvido pela empresa "Integrated Surgical Systems", foi utilizado para esculpir com precisão encaixes em um fêmur durante uma operação para instalação de uma prótese de quadril.
A partir destes três pioneiros, a tecnologia começou a se desenvolver com rapidez. As
Forças Armadas dos Estados Unidos tiveram grande impacto na área durante a década de 1990 com o objetivo de fazer cirurgias à distância. A ideia era ter braços robóticos em hospitais próximos às zonas de conflito, enquanto o cirurgião faria o procedimento no país de origem, com os movimentos sendo transmitidos pela internet. Apesar de ser uma ideia promissora, o projeto não teve continuidade em função das limitações da velocidade de transmissão de dados.
Desde então, a técnica segue sendo aprimorada e popularizada, com mais de 500 mil procedimentos realizados todos os anos ao redor do mundo.