4 perguntas (e uma dica) sobre o uso do WhatsApp por médicos
A Luta

4 perguntas (e uma dica) sobre o uso do WhatsApp por médicos

O uso da tecnologia na interação médico-paciente é um caminho irreversível. O próprio Conselho Federal de Medicina (CFM) reconhece que “as mídias sociais se inserem nesse contexto evolutivo e têm mais aspectos benéficos que maléficos quando aplicadas dentro de rigorosos...

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05/06/2018 12:35

O uso da tecnologia na interação médico-paciente é um caminho irreversível. O próprio Conselho Federal de Medicina (CFM) reconhece que “as mídias sociais se inserem nesse contexto evolutivo e têm mais aspectos benéficos que maléficos quando aplicadas dentro de rigorosos critérios de controle”. Mas quais são esses critérios? Até que ponto é possível utilizar as interfaces da tecnologia para proporcionar assistência ao paciente? Confira, abaixo, quatro perguntas (e uma dica) que ajudam a esclarecer esses pontos:

1) O médico pode esclarecer dúvidas com outros médicos via WhatsApp?

Sim. Mas as mensagens devem ser de teor privativo. Os grupos têm de ser formados exclusivamente por profissionais médicos e as mensagens precisam se destinar ao esclarecimento de dúvidas quanto a procedimentos médicos, visando discussões de casos que demandem a intervenção das diversas especialidades. É fundamental observar o sigilo das informações compartilhadas.  

2) O médico pode trocar informações com o paciente utilizando WhatsApp?

Sim. O CFM permite a troca de informações entre médicos e pacientes – desde que estes já tenham recebido assistência. Nesse caso, o uso da tecnologia é permitido para esclarecer dúvidas, tratar dos aspectos evolutivos do tratamento e repassar orientações ou intervenções de caráter emergencial. Sempre que necessário, oriente o paciente a retornar ao consultório.

3) O médico pode tirar foto do paciente e encaminhar a pessoas que não sejam da área médica?

Não. Conforme o artigo 75 do Código de Ética Médica, as mensagens jamais podem fazer referência a casos clínicos que exibam o paciente e seus retratos em anúncios profissionais ou na divulgação de assuntos médicos. É proibido exibir pacientes em meios de comunicação em geral, mesmo quando eles autorizam a exposição.

4) O médico pode encaminhar foto de um paciente para discussão de caso?

Sim. Pode ser utilizado tanto para trocas individuais como em grupos – desde que formados exclusivamente por médicos. É necessário também observar o sigilo do paciente.

ATENÇÃO

Todas as regras do CFM buscam resguardar a importância da consulta presencial – que não pode ser substituída pelas interações meramente digitais. Para a entidade, a tecnologia vem para complementar o tratamento, e não para afastar o médico de seus pacientes.
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