Simers e entidades conquistam inclusão de propostas em novas diretrizes curriculares do Ensino de Medicina

O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) e entidades médicas do Estado, por meio da Comissão Especial criada para analisar as diretrizes curriculares do ensino de Medicina, atuaram ativamente na consulta pública sobre o tema. O esforço resultou na incorporação de sugestões que reforçam a qualidade da formação médica e o suporte aos estudantes. Boa parte das propostas, registradas nos Ofícios nº 097/2025 - JUR/SEC e nº 168/2025 - JUR/SEC, foram acolhidas pela Comissão Especial de Diretrizes Curriculares Nacionais, com destaque para:

Qualidade de aulas práticas: a comissão havia solicitado a garantia de “campos de prática acompanhados por preceptoria médica qualificada. Essa premissa foi abraçada pelas novas diretrizes. O Art.7 estabelece que o Curso de Graduação em Medicina deve dispor de infraestrutura adequada, incluindo recursos humanos adequados, que assegure a execução plena do Projeto Pedagógico de Curso (PPC) tanto em ambientes institucionais quanto nos campos de prática externa, com supervisão de docentes ou preceptores habilitados. Adicionalmente, o Art.17 prevê que o internato, estágio curricular obrigatório, seja realizado sob supervisão qualificada de docentes, com a participação de preceptores. 

Suporte individualizado ao aluno e saúde mental: outra importante reivindicação foi a oferta de atendimentos individuais aos alunos, com foco no seu desenvolvimento acadêmico e profissional. Esta sugestão foi amplamente contemplada, visando o bem-estar e a progressão qualificada dos futuros médicos. O Art. 28, por exemplo, determina um sistema de avaliação com devolutiva individual obrigatória, contribuindo para a progressão acadêmica do estudante. E em casos de baixo desempenho ou dificuldades, há a necessidade de elaboração de um plano de ação individualizado, com acompanhamento próximo de docentes ou preceptores e oferta de recursos pedagógicos complementares, como tutorias e revisões dirigidas.

Dentro ainda da preocupação com a saúde mental do estudante, foi solicitado o estabelecimento de intervalos, o que foi atendimento com o Art. 20, que diz que “a organização e o planejamento acadêmico do Curso de Graduação em Medicina devem assegurar a presença de janelas curriculares qualificadas (...) com o objetivo de garantir tempo protegido para autocuidado, recuperação física e mental dos estudantes.

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A participação ativa do Simers reforça o compromisso da entidade com a qualidade da Educação Médica, a formação de profissionais preparados e equilibrados e a promoção de políticas de saúde mental e apoio acadêmico, garantindo que os futuros médicos estejam capacitados para atender às necessidades da população e do Sistema Único de Saúde (SUS).

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