O presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) Marcelo Matias reuniu-se com o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers) Eduardo Neubarth Trindade. Esse foi o primeiro encontro da atual gestão do Sindicato com o Conselho.
Entre as pautas debatidas, uma de suma importância: o procedimento de paralisação dos atendimentos em caso de atrasos de salários e honorários médicos. A preocupação do presidente do Simers é,justamente, devido aos acontecimentos recentes no Estado, cidades como Canoas, Rio Grande, São Leopoldo, Montenegro e Torres registram atrasos crônicos e os médicos seguem trabalhando sem remuneração.
Ao Simers, o presidente do Cremers salientou,após questionamento de Marcelo Matias, que pediu agilidade no reconhecimento da eticidade dos movimentos de paralisação, que o inciso V do Código de Ética Médica (CEM) do Conselho Federal de Medicina (CFM) diz que o médico deve suspender suas atividades quando a instituição de trabalho não oferecer condições adequadas ou não o remunerar de forma justa.
Na visão do Cremers,não há necessidade de reconhecimento da eticidade,visto que há legislação específica sobre o tema. Porém, alguns detalhes devem ser observados para não configurar possíveis sanções ético-administrativas. São elas:
A paralisação de atividades médicas deve ser comunicada com antecedência para evitar interrupção de serviços e riscos à população.
Procedimento:
A paralisação deve ser comunicada com antecedência mínima de 15 dias.
Deve ser garantido o atendimento de urgência e emergência.
"O Simers, com base nesta visão do Conselho, irá auxiliar, ainda mais, os profissionais que se encontram nessa situação de atrasos e seguirá os defendendo, buscando melhores condições de trabalho", disse Marcelo Matias.
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