Simers denuncia falta de assistência básica em Cachoeirinha
A Luta

Simers denuncia falta de assistência básica em Cachoeirinha

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23/11/2017 17:46

Foto: Juliana Soska/Simers
Foto: Juliane Soska/Simers
Faltam insumos, especialistas para realizar exames e a contratualização com empresas para higienizar as unidades básicas de saúde de Cachoeirinha. A realidade da saúde no município é de abandono por parte da gestão pública. Ciente da situação, e determinado a buscar soluções, o Simers protocolou um ofício no Ministério Público (MP) local e na Prefeitura na tarde de terça-feira (21). No documento consta, com detalhes, a lista de necessidades e a descrição dos problemas identificados pela entidade médica nos últimos meses. Entre eles está a falta de prestadores para realizar exames, obrigando o encaminhamento de pacientes a Porto Alegre para procedimentos especializados. Também faltam de insumos fundamentais para o exercício médico e o pleno atendimento aos pacientes. Outra questão importante apontada pelo Simers se refere ao cancelamento do contrato com a empresa que higienizava, entre outros órgãos, os postos de saúde da cidade. Hoje, a limpeza está aquém do exigido para um ambiente clínico – o que pode afetar a saúde de toda a equipe assistencial, incluindo médicos, odontólogos, os próprios pacientes e demais frequentadores. O cancelamento de um programa de atendimento a crianças com autismo também tem preocupado as famílias que contavam com o serviço. Na conversa com a promotora Fernanda Weiand Braun, a diretora do Simers Clarissa Bassin ressaltou a total ausência da assistência básica em Cachoeirinha. “O município não está cumprindo com a linha de cuidados básicos necessária aos moradores da cidade por falta de itens essenciais nos serviços públicos”, apontou. A representante do MP vai ouvir, ainda, a Secretaria Municipal de Saúde para verificar as condições apresentadas.

Propostas de melhorias factíveis

A dirigente do Simers propôs alternativas de melhoria que poderiam ser colocadas em prática mesmo diante de dificuldades financeiras – como os que a prefeitura de Cachoeirinha alega enfrentar. A aquisição de equipamentos de baixo custo, por exemplo, resolveria a dificuldade de acesso a exames de imagem de urgência e emergência. Clarissa também questionou por que Cachoeirinha não utiliza o protocolo de classificação de risco no seu único Pronto Atendimento, sendo que para isso é necessária a presença de um profissional de enfermagem, que já está disponível na unidade. O processo garante melhorias no fluxo de trabalho para a equipe e também para os pacientes.

Saúde mental ameaçada

O atendimento em saúde mental é outro ponto de preocupação em Cachoeirinha. A única psiquiatra responsável pela demanda no Pronto Atendimento da cidade – cuja população é de mais de 120 mil habitantes – tem previsão de aposentadoria em março de 2018, mas a sua substituição ainda é incerta para quem depende do serviço prestado naquela unidade.
Tags: Saúde Mental MP de Cachoeirinha Falta de Insumos Assistência básica

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