Vacina contra febre amarela: o que você precisa saber
A Luta

Vacina contra febre amarela: o que você precisa saber

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21/02/2018 15:29

frasco de vacina contra febre amarela
Vacina contra febre amarela está disponível nos postos de saúde Foto: Rodrigo Nunes/MS
De acordo com o Ministério da Saúde, entre 1º de julho de 2017 e 16 de fevereiro deste ano, o Brasil já teve 464 casos confirmados de febre amarela, com 154 óbitos. Os números colocam a população em alerta e rendem dúvidas sobre quando a vacina é indicada. Conforme explica a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai, o país possui a vacinação de rotina contra a febre amarela para pessoas entre nove meses e 59 anos. Ela acontece independentemente da ocorrência da enfermidade e busca aumentar a cobertura vacinal em locais com risco de introdução da doença. É o exemplo do Rio Grande do Sul. Em 2018, nove casos foram notificados e estão em fase de investigação – mas ainda não há confirmações. A Secretaria Estadual da Saúde (SES) afirma que a vacina está disponível em todos os postos de saúde e que qualquer pessoa pode fazê-la (considerando, é claro, as contraindicações). A recomendação específica da SES, no entanto, é para aqueles que pretendem viajar para áreas de risco, como São Paulo e Rio de Janeiro. Se esse é o seu caso, vale estar atento: a vacina demora dez dias para fazer efeito. Ela também é essencial para viajantes com destino a países que exigem o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP).

Vacina contra febre amarela em áreas de risco

“Outra coisa é a recomendação para quem vive nas áreas de risco, em que há a circulação da febre amarela e existe o perigo efetivo de adoecimento, caso dos lugares em que já existe morte de macacos e humanos”, diferencia Isabella. Nessas regiões, mesmo os grupos considerados de precaução devem ser vacinados - sempre a partir de avaliação médica. Entre eles, gestantes, pessoas com mais de 60 anos e pacientes HIV positivo que não estejam imunodeprimidos. A presidente da SBIm lembra ainda que a febre amarela possui uma letalidade de 30% a 60% e que conscientizar a sociedade sobre a importância da imunização é a melhor forma de evitar que a doença se alastre ainda mais. “Não adianta criar um esquema complexo de proteção se o brasileiro não fizer a sua parte”, afirma.

Quem não pode tomar a vacina?

Além dos grupos considerados de precaução, existem aqueles que não podem fazer a vacina. São eles:
  • Bebês com menos de seis meses
  • Lactantes com bebês menores de seis meses
  • Imunodeprimidos
  • Pessoas com alergia a ovo de galinha
  • E quem já se vacinou?

    Desde 2014, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda dose única da vacina contra febre amarela. No Brasil, a diretriz foi adotada no ano passado. A determinação é baseada em estudos que comprovam que uma dose é suficiente para proteger durante toda a vida. Ou seja, se você já foi vacinado anteriormente, não precisa se preocupar com reforços.

    Vacina fracionada

    Outro assunto que tem gerado dúvidas é a vacina fracionada contra febre amarela. Isabella ressalta que se trata de um modelo ainda recente, com estudos que seguem em andamento, mas que se mostrou eficaz por até oito anos. Com um quinto da dose original, ela possui uma carga menor de antígenos e é capaz de gerar a produção necessária de anticorpos. A vacina fracionada é uma medida recomendada pela OMS para áreas em que existe um crescimento intenso do número de casos da febre amarela silvestre, com risco de expansão da doença – especialmente nos grandes centros, em que o volume de pessoas que precisam ser imunizadas é maior.
    Tags: febre amarela vacina contra febre amarela vacina fracionada

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